Pena não haver a versão do dueto da Mariana Aydar com o Zeca Pagodinho mas recomendo!
"- Zeca?
- Opa, tô chegando!
Minha alma por inteiro
Balança, chega a vibrar
Quando ouço o repique de anel
E o cavaco suingar
Chega a dar um arrepio
De ver a verdade no ar
O samba me persegue
E eu não vou negar
Quando chego numa roda
E vejo o povo suar
Eu percebo como a coisa é forte
Isso é que é mulher de sorte
Já rodei por esse mundo
E aonde quer que eu vá
O samba me persegue
E eu não vou negar
Ainda tem preconceito com o samba, é verdade
Cada um ouve o que quer
Mas dizer que é modinha, não é nada
O samba não tá nas paradas
Seu eu fosse a rainha do rádio botava o danado em 1º
lugar
O samba me persegue
E eu não vou negar
É porque sou brasileiro
Não consigo disfarçar
Lá em casa, Roberto Ribeiro ou a Rocha dentro da minha
vitrola
Já cantei francês, que som moderninho
Mas voltei pro mesmo lugar
O samba me persegue
E eu não vou negar
Minha alma por inteiro
Balança, chega a vibrar
Quando ouço o repique de anel
E o cavaco suingar
Seu eu fosse a rainha do rádio botava o danado em 1º
lugar
O samba me persegue
E eu não vou negar
Quando chego numa roda
E vejo o povo suar
Eu percebo como a coisa é forte
Mariana é mulher de sorte
Já rodei por esse mundo
E aonde quer que eu vá
O samba me persegue
E eu não vou negar
É porque sou brasileira
Não consigo disfarçar
Lá em casa Roberto Ribeiro, a Rocha dentro da minha
vitrola
Já cantei francês, que som moderninho
Mas voltei pro mesmo lugar
O samba me persegue
E eu não vou negar
O samba me persegue
E eu não vou negar
E eu prefiro feijoada
Do que comer caviar
O samba me persegue
E eu não vou negar
Meu samba vem do subúrbio
Do boêmio de Irajá
O samba me persegue
E eu não vou negar
Obrigada, Zeca
E vem comigo versar
O samba me persegue
E eu não vou negar
É que o samba me persegue
E isso eu não posso negar
O samba me persegue
E eu não vou negar"
O Samba me persegue - Mariana Aydar
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Samba da Globalização
Samba de promoção da Rede Globo com Arlindo Cruz. Não é mole não, meu irmão! Fala Arlindo!
Ainda a propósito das eleições presidenciais do Brasil
E tentando remendar uma injustiça de não ter lido o artigo, quando ele saiu, apesar de o ter recebido directamente do autor que tenho a felicidade de ter como grande amigo, aqui vai. Jorge, concordo com tudo e está excelente, parabéns!
Força estranha
Económico, 11/09/10 | Jorge Brito Pereira
1/1/2003, a posse de Lula, aquele dia em que "a esperança vencia o medo", no feliz ‘slogan' de Duda Mendonça - esse mesmo, o publicitário mais tarde envolvido no turbilhão da sua relação com Marcos Valério e Delúbio Soares -, que abriu o discurso de posse e que ecoava por milhares de camisolas vendidas em Brasília.
Quase oito anos depois, seria para muitos um magnífico exercício de humildade confrontar as expectativas que depositavam nesse dia e os resultados destes dois mandatos - quase todos se enganaram, dos que acreditavam que começava o fim do modelo de crescimento económico iniciado por Fernando Henrique Cardoso, já antecipando a mobilização do PT pelo MST e pelo PCdoB, até às histéricas vozes que olhavam para aquele momento como o de uma epifania que trazia a novidade do mundo novo e que poria cobro a décadas de corrupção, iniciando uma nova experiência de política social na América Latina. Só não vê quem não quer - Lula furou, para o bem e para o mal, todas as expectativas que sobre si incidiam.
Por muito que isso custe à direita, Lula provou que é possível governar à esquerda na América Latina com crescimento económico e sem cumprir a maldição dos "ridículos tiranos da América Católica" de que fala Caetano. Mantendo dinâmicos programas de fomento social - o Programa Bolsa Família será o mais notável -, o Brasil ganhou um lugar de respeito no mundo, transformando-se naquilo que os Brasileiros achavam que já eram - a maior potência política regional, a mais importante economia da América Latina e uma das mais promissoras economias emergentes. Mas, por muito que isto custe à esquerda, não é menos verdade que esse resultado foi conseguido através de um receita fundamentada na ortodoxia monetarista com uma matriz desenhada desde os primeiros meses de governação por António Palocci, coordenador da equipa de transição, Ministro da Fazenda e, mais tarde, (também) caído em desgraça - redução da dívida pública, férrea disciplina orçamental, excedente orçamental primário, ‘superavit' comercial, controlo da inflação, consagração da confiança do mercado de dívida pública como farol da actuação macroeconómica e autonomia do Banco Central. Quando, da direita à esquerda, se comete a suprema injustiça de falar dos resultados económicos dos mandatos de Lula sem atribuir a Fernando Henrique Cardoso parte dos louros de quem lavrou a terra e liderou algumas das mais importantes reformas da economia brasileira, cabe lembrar que esta receita não começou a ser aplicada em 2003.
E é neste panorama que vemos que os escândalos ocorridos no mandato de Lula da Silva nada ficam a dever aos anos anteriores - do mensalinho ao mensalão, de José Dirceu a José Genoino, da CPI dos Correios à CPI dos Bingos. Essa esperança - a de transformar a politica brasileira -, frustrou-se completamente e já se vai transformando numa verdadeira maldição.
E é assim que Lula sai do poder com uma ovação com forte tendência para a esquizofrenia - entre as frenéticas palmas de uma direita que não se sente confortável em estar a aplaudir publicamente bandeiras encarnadas e uma esquerda que não sabe se deve aplaudir ou assobiar para o lado. Dramas de quem, foi, sobretudo, hábil a trabalhar com as duas mãos e a distribuir com a mão esquerda boa parte dos resultados que conseguiu com a direita.
Força estranha
Económico, 11/09/10 | Jorge Brito Pereira
1/1/2003, a posse de Lula, aquele dia em que "a esperança vencia o medo", no feliz ‘slogan' de Duda Mendonça - esse mesmo, o publicitário mais tarde envolvido no turbilhão da sua relação com Marcos Valério e Delúbio Soares -, que abriu o discurso de posse e que ecoava por milhares de camisolas vendidas em Brasília.
Quase oito anos depois, seria para muitos um magnífico exercício de humildade confrontar as expectativas que depositavam nesse dia e os resultados destes dois mandatos - quase todos se enganaram, dos que acreditavam que começava o fim do modelo de crescimento económico iniciado por Fernando Henrique Cardoso, já antecipando a mobilização do PT pelo MST e pelo PCdoB, até às histéricas vozes que olhavam para aquele momento como o de uma epifania que trazia a novidade do mundo novo e que poria cobro a décadas de corrupção, iniciando uma nova experiência de política social na América Latina. Só não vê quem não quer - Lula furou, para o bem e para o mal, todas as expectativas que sobre si incidiam.
Por muito que isso custe à direita, Lula provou que é possível governar à esquerda na América Latina com crescimento económico e sem cumprir a maldição dos "ridículos tiranos da América Católica" de que fala Caetano. Mantendo dinâmicos programas de fomento social - o Programa Bolsa Família será o mais notável -, o Brasil ganhou um lugar de respeito no mundo, transformando-se naquilo que os Brasileiros achavam que já eram - a maior potência política regional, a mais importante economia da América Latina e uma das mais promissoras economias emergentes. Mas, por muito que isto custe à esquerda, não é menos verdade que esse resultado foi conseguido através de um receita fundamentada na ortodoxia monetarista com uma matriz desenhada desde os primeiros meses de governação por António Palocci, coordenador da equipa de transição, Ministro da Fazenda e, mais tarde, (também) caído em desgraça - redução da dívida pública, férrea disciplina orçamental, excedente orçamental primário, ‘superavit' comercial, controlo da inflação, consagração da confiança do mercado de dívida pública como farol da actuação macroeconómica e autonomia do Banco Central. Quando, da direita à esquerda, se comete a suprema injustiça de falar dos resultados económicos dos mandatos de Lula sem atribuir a Fernando Henrique Cardoso parte dos louros de quem lavrou a terra e liderou algumas das mais importantes reformas da economia brasileira, cabe lembrar que esta receita não começou a ser aplicada em 2003.
E é neste panorama que vemos que os escândalos ocorridos no mandato de Lula da Silva nada ficam a dever aos anos anteriores - do mensalinho ao mensalão, de José Dirceu a José Genoino, da CPI dos Correios à CPI dos Bingos. Essa esperança - a de transformar a politica brasileira -, frustrou-se completamente e já se vai transformando numa verdadeira maldição.
E é assim que Lula sai do poder com uma ovação com forte tendência para a esquizofrenia - entre as frenéticas palmas de uma direita que não se sente confortável em estar a aplaudir publicamente bandeiras encarnadas e uma esquerda que não sabe se deve aplaudir ou assobiar para o lado. Dramas de quem, foi, sobretudo, hábil a trabalhar com as duas mãos e a distribuir com a mão esquerda boa parte dos resultados que conseguiu com a direita.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Grande verdade :)
Adoro! Especialmente o Zero. E agora há um Açaí, quero provar directo.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Este frio!!
Nunca me conseguirei adaptar :)
"Será que eu falei o que ninguém ouvia? Será que eu escutei o que ninguém dizia?"
Dois ex Titãs mandando bem.
"Eu não caibo mais
Nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais
A casa de alegria
Os anos se passaram
Enquanto eu dormia
E quem eu queria bem
Me esquecia...
Será que eu falei
O que ninguém ouvia?
Será que eu escutei
O que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar
Me adaptar...
Eu não tenho mais
A cara que eu tinha
No espelho essa cara
Não é minha
Mas é que quando
Eu me toquei
Achei tão estranho
A minha barba estava
Desse tamanho...
Será que eu falei
O que ninguém ouvia?
Será que eu escutei
O que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar
Me adaptar...
Não vou!
Me adaptar! Me adaptar!
Não vou! Me adaptar!
Não vou! Me adaptar!..."
Não Vou Me adaptar - Arnaldo Antunes e Nando Reis (original dos Titãs)
"Será que eu falei o que ninguém ouvia? Será que eu escutei o que ninguém dizia?"
Dois ex Titãs mandando bem.
"Eu não caibo mais
Nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais
A casa de alegria
Os anos se passaram
Enquanto eu dormia
E quem eu queria bem
Me esquecia...
Será que eu falei
O que ninguém ouvia?
Será que eu escutei
O que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar
Me adaptar...
Eu não tenho mais
A cara que eu tinha
No espelho essa cara
Não é minha
Mas é que quando
Eu me toquei
Achei tão estranho
A minha barba estava
Desse tamanho...
Será que eu falei
O que ninguém ouvia?
Será que eu escutei
O que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar
Me adaptar...
Não vou!
Me adaptar! Me adaptar!
Não vou! Me adaptar!
Não vou! Me adaptar!..."
Não Vou Me adaptar - Arnaldo Antunes e Nando Reis (original dos Titãs)
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Faz tanta falta!
Se fosse vivo, o maestro António Carlos Jobim completaria 84 anos. Admirei-o desde a primeira nota que ouvi tocar. A sua música será eternamente comtemporânea e são raros os dias que não escuto uma composição sua, mesmo que interpretada por outra pessoa.
Os "Anos Dourados" foram mais uma das suas parcerias brilhantes, neste caso com o Chico Buarque.
Os "Anos Dourados" foram mais uma das suas parcerias brilhantes, neste caso com o Chico Buarque.
Desejo recorrente
"A minha alegria atravessou o mar
E ancorou na passarela
Fez um desembarque fascinante
No maior show da terra
(...)
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu"
Excertos do samba enredo da escola União da Ilha, Carnaval de 1982.
Não há estrofes que me descrevam melhor e não há passarela mais incrível que a vista de Ipanema e do Leblon, no Arpoador, numa manhã quente de Verão.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
"Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de se dar
E pode aparecer onde ninguém ousaria se pôr
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha o que considerar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Vai saber?
Vai saber?
Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de jogar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não venha a reconsiderar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais..."
Vai saber? - Marisa Monte (composição de Adriana Calcanhoto)
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de se dar
E pode aparecer onde ninguém ousaria se pôr
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha o que considerar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Vai saber?
Vai saber?
Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de jogar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não venha a reconsiderar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais..."
Vai saber? - Marisa Monte (composição de Adriana Calcanhoto)
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
É hoje
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Apetece dizer, o que seria se fosse oficial!
Abertura não oficial do Carnaval
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Incrível
Fui assistir ontem à ante estreia de um documentário que se chama "Complexo Universo Paralelo", aventura corajosa de dois jovens portugueses nas favelas do Complexo do Alemão em 2007 que coincidiu com a primeira grande operação policial neste complexo e considerada, a maior operação desde que a polícia decidiu ocupar as favelas, em Maio do mesmo ano, devido ao assassinato de dois policiais em Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio. Hoje sabemos a escalada que isso deu, e ao ver algumas das imagens do dociumentário parecia que estava a ver uma fiel e clara antevisão do que se veio a passar em Dezembro de 2010 e que ainda está tão presente.
Quando se vê o documentário, vem-nos automaticamente à cabeça uma pergunta quase dramática, como é que estes dois miúdos se meteram nisto, sente-se na pele que a estada deles neste local foi profunda, que houve uma preocupação de viver a experiência para a relatar da forma mais real possível.
De facto, a sensação mais latente que eu tive, durante todo o filme, é que estes dois portugas parece que foram nascidos e criados no Rio. Os pormenores que captam, a sequência do enredo, a fotografia, as histórias que selecionaram, é de alguém que, de certa forma viveu antes para contar, que se tornaram cariocas antes de decidirem avançar para o filme. Sinceros parabéns aos irmãos Mário Patrocínio, realizador e Pedro Patrocínio, director de fotografia, grande fotografia!
www.complexofilme.com
Quando se vê o documentário, vem-nos automaticamente à cabeça uma pergunta quase dramática, como é que estes dois miúdos se meteram nisto, sente-se na pele que a estada deles neste local foi profunda, que houve uma preocupação de viver a experiência para a relatar da forma mais real possível.
De facto, a sensação mais latente que eu tive, durante todo o filme, é que estes dois portugas parece que foram nascidos e criados no Rio. Os pormenores que captam, a sequência do enredo, a fotografia, as histórias que selecionaram, é de alguém que, de certa forma viveu antes para contar, que se tornaram cariocas antes de decidirem avançar para o filme. Sinceros parabéns aos irmãos Mário Patrocínio, realizador e Pedro Patrocínio, director de fotografia, grande fotografia!
www.complexofilme.com
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Orquestra Imperial, Jorge Mautner, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Luiz Melodia… sério?!
Sério!!! Dia 17 de Janeiro no Circo Voador!! Festa de homenagem a Jorge Mautner, que faz 70 anos, promovida pela Orquestra Imperial e com essa lista de ilustres convidados. É mole, não?!
Riocult.info
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Linda
Chama-se "ilha dos Amantes" é de um projecto chamado "Pássaro Cego" que reuniu a Nancy Vieira, o Manuel Paulo e com letras do genial João Monge. Esta música tem ainda a participação do paraíbano Chico César.
"Vem só sem nada
Sem nada mais
Do que deus deu
Se deu e não se arrependeu
Ele lá sabe o que fazia,
Vem só sem nada
Vem arrastar a tua asa,
Fazer das minhas tua casa,
Saber porque é que Deus sorria
Ai deixa ver
Onde o teu peito desagua
Onde é que nasce a luz da lua
E eu vou sem nada pra te ver
Vem só sem nada
Ninguém vai lançar mau olhado
Que não há mau
Nem pecado
Em cegar de tanto querer,
Vem só sem nada
Deixa o teu olhar
descobrir o meu
Que eu tenho de partir
Mas volto um dia pra te ver
Ai deixa ver
Onde o teu peito desagua
Onde é que nasce a luz da lua
E eu vou sem nada pra te ver"
"Vem só sem nada
Sem nada mais
Do que deus deu
Se deu e não se arrependeu
Ele lá sabe o que fazia,
Vem só sem nada
Vem arrastar a tua asa,
Fazer das minhas tua casa,
Saber porque é que Deus sorria
Ai deixa ver
Onde o teu peito desagua
Onde é que nasce a luz da lua
E eu vou sem nada pra te ver
Vem só sem nada
Ninguém vai lançar mau olhado
Que não há mau
Nem pecado
Em cegar de tanto querer,
Vem só sem nada
Deixa o teu olhar
descobrir o meu
Que eu tenho de partir
Mas volto um dia pra te ver
Ai deixa ver
Onde o teu peito desagua
Onde é que nasce a luz da lua
E eu vou sem nada pra te ver"
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Gosto do que este Hugo escreve, principalmente quando escreve sobre o Rio. Tenha muita inveja de, apesar de sentir, não conseguir falar assim do meu Rio.
Manual de paquera
por Hugo Gonçalves, Publicado no Jornal i, em 06 de Janeiro de 2011
"Não conheço o rapaz moreno mas sento-me na areia para apreciar a sua aula de sedução de praia. Reparou nas duas miúdas sentadas debaixo de um chapéu-de-sol vermelho. Sabe que elas o olham protegidas pelos óculos escuros. Fica em pé, de costas para elas, até que vê um providenciador de coisas ilegais com cabelo de índio, pele curtida de sela de cavalo e um pé incompleto. O índio apresenta-se mostrando as costas da mão escritas com um marcador: The Show Man. Passa-lhe um papel (com erva lá dentro) e convida-o para fumar um charro. O rapaz entrega uma nota de 50 reais. Dá uma passa e olha para as miúdas, que sorriem como se estivessem num corredor de liceu. Ele diz: "Vocês são cariocas?" Uma é ruiva com cabelo encaracolado e sardas incendiárias. Outra é esguia como uma modelo nos anos 80 e tem boca de beijo bom na boca. Ele fala, elas riem e quando passa um vendedor de cangas ele diz: "Escolham uma para mim." Começa a chover e preparo-me para sair da praia, imaginando que daqui a nada estarão tomando um chopp e ele terá de escolher uma delas (vai ser escolhido). Talvez dancem na Lapa e lambam o sal da pele numa viagem de táxi. Penso na trilogia da malandragem: "Malandro não ama, malandro sente desejo. Malandro não conversa, malandro desenrola uma ideia. Malandro não pára, malandro dá um tempo." Mas depois olho para o rapaz e percebo que sente o mesmo que um cavalo de corrida e talvez seja um desses derradeiros românticos que ainda acreditam que só uma mulher o pode salvar de si mesmo, ou seja, "Malandro vira otário quando ama."
Manual de paquera
por Hugo Gonçalves, Publicado no Jornal i, em 06 de Janeiro de 2011
"Não conheço o rapaz moreno mas sento-me na areia para apreciar a sua aula de sedução de praia. Reparou nas duas miúdas sentadas debaixo de um chapéu-de-sol vermelho. Sabe que elas o olham protegidas pelos óculos escuros. Fica em pé, de costas para elas, até que vê um providenciador de coisas ilegais com cabelo de índio, pele curtida de sela de cavalo e um pé incompleto. O índio apresenta-se mostrando as costas da mão escritas com um marcador: The Show Man. Passa-lhe um papel (com erva lá dentro) e convida-o para fumar um charro. O rapaz entrega uma nota de 50 reais. Dá uma passa e olha para as miúdas, que sorriem como se estivessem num corredor de liceu. Ele diz: "Vocês são cariocas?" Uma é ruiva com cabelo encaracolado e sardas incendiárias. Outra é esguia como uma modelo nos anos 80 e tem boca de beijo bom na boca. Ele fala, elas riem e quando passa um vendedor de cangas ele diz: "Escolham uma para mim." Começa a chover e preparo-me para sair da praia, imaginando que daqui a nada estarão tomando um chopp e ele terá de escolher uma delas (vai ser escolhido). Talvez dancem na Lapa e lambam o sal da pele numa viagem de táxi. Penso na trilogia da malandragem: "Malandro não ama, malandro sente desejo. Malandro não conversa, malandro desenrola uma ideia. Malandro não pára, malandro dá um tempo." Mas depois olho para o rapaz e percebo que sente o mesmo que um cavalo de corrida e talvez seja um desses derradeiros românticos que ainda acreditam que só uma mulher o pode salvar de si mesmo, ou seja, "Malandro vira otário quando ama."
Sorte...
Depois de terminar e começar o ano com chuva a caír-me dentro de casa, de ter, na primeira semana do ano, insónias e problemas de estômago simultâneos e recorrentes, roubaram-me uns ténis novinhos, novinhos, que eu adorava e que ainda estavam em rodagem, em pleno ginásio.Estou chocado com o que as pessoas são capazes de fazer.
Mas, pode ser que o azar se esgote todo na primeira semana :).
Mas, pode ser que o azar se esgote todo na primeira semana :).
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
"Saudade fez um samba em seu lugar..."
"Alô Rio de Janeiro, Aquele Abraço!!"
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