terça-feira, 26 de maio de 2009

Quantas vezes me sinto assim

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Minha Garganta - Ana Carolina

Minha garganta estranha quando não te vejo
Me vem um desejo doido de gritar

Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar

Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar

Venho madrugada perturbar teu sono
Como um cão sem dono me ponho a ladrar

Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar

Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar

Sei que não sou santa, as vezes vou na cara dura
As vezes ajo com candura pra te conquistar

Mas não sou beata, me criei na rua
E não mudo minha postura só pra te agradar

Mas não sou beata, me criei na rua
E não mudo minha postura só pra te agradar

Vim parar nessa cidade, por força da circunstância
Sou assim desde criança, me criei meio sem lar

Aprendi a me virar sozinha,
e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar

Aprendi a me virar sozinha
e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Doce Solidão

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"Posso estar só
Mas sou de todo mundo
Por eu ser só um
Ah nem, ah não, ah nem dá
Solidão, foge que eu te encontro
Que eu já tenho asas...
Isso lá é bom?!"
Doce solidão

Marcelo Camelo

O Milagre do Candeal

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É um documentário realizado pelo Fernando Trueba e que retrata a visita do pianista cubano Bebo Valdez à Bahia. O Fernando e o Bebo, se eles me permitem, já me tinham dado muitos momento de felicidade com o concerto Blanco Y Negro, onde o Bebo e o Cigala, cantor flamenco, dirigidos pelo Fernando, nos oferecem momentos incríveis de excelente música e fabulosa performance com uma rara sensibilidade e onde se misturam estilos musicais cheios de personalidade mas que se complementam na perfeição.
Este outro documentário é de facto um milagre, milagre social graças ao trabalho do Carlinhos Brown na sua favela, o Candeal, onde ele envolveu a população, especialmente os mais novos e lhes deu uma perspectiva de vida com base na capacidade de fazer música. É também um milagre artístico graças aos vários momentos de partilha de talento que os diferentes músicos nos oferecem e onde o velho Bebo parece um menino, tal é o prazer latente nos seus olhos, na sua face e no seu empenho de cada vez que põe os seus dedos num piano. Estes são dois dos vários momentos geniais:

Eu me recuso
Eu me acuso
Não quero fim
Sou mais feliz se tem você perto de mim
No sol açoite quis ser noite pra ser sei bem
Veja você que até sonhei com esse horário
Eu sou um músico
Eu sou acústico
Eu sei do tom
Foi Deus quem deu
Quem deu foi Deus, pois Deus é dom
Quis ser o mar
Não sei ser mar
Quis ser o mar
Mas pra se mar sem ter você é ter saudade
Caminhos como esse violão libera
Levo você a tira-colo
Livre das guerras


Duas boas surpresas from India

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Não foi programado mas também não foi totalmente por acaso, digamos que uma levou à outra. Explicando, nos últimos tempos tive duas boas surpresas originárias de um país e de uma cultura que não me seduz especialmente mas, admito, que pode causar uma paixão inexplicável. Falo do filme "Slumdog Millionaire" e do livro "O Tigre Branco", dois retratos extraordinários de uma sociedade ou de um conjunto de micro sociedades que, juntas, se transformam nessa nação que poderia ser um continente. São lógicas, filosofias, hábitos e culturas difíceis de entender e, algumas dessas, difíceis até de aceitar por um ocidental. Posso estar a ser injusto, mas no meu caso, parece-me que a atracção teve muito a ver com a visão com "lente" ocidental que as duas obras possuem, no caso do filme o realizador é inglês e no caso do livro o autor é indiano mas viveu nos Estados Unidos e na Austrália. Foram, no entanto, experiências deliciosas e enriquecedoras e só tenho pena da Fox ter proibido a difusão daquele delicioso final com a música Jai Ho mas este está quase lá.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Só mesmo no Rio!

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Uma querida amiga carioca partilhou comigo esta nota da coluna de sábado passado do Ancelmo Góes no Jornal O Globo:

"MEU BOTEQUIM
A devoção dos clientes ao Jobi é tanta, que na noite de quinta feira, o chopp do botequim acabou - e o que fez o pessoal que lá estava? Comprou cerveja em lata no supermercado e foi beber no bar.Na maior felicidade, com seu garçons queridos..."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A verdade não precisa de tradução

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Li isto algures e, automaticamente, "adoptei", se o autor me permitir , acrescentaria ainda que a verdade além de não necessitar de tradução também não cria ilusões. Por isso não entendo quando as pessoas optam por manter situações ambíguas que parecem apoios de conforto, opções racionais de viver com o plano A e o plano B para o caso do primeiro falhar. Basta um olhar, um gesto insconciente ou, se calhar, consciente para os desmacarar, no entanto, por vezes, gostamos de nos enganar a nós próprios e mantemos este enredo. Admito que, por vezes, essa atitude comporta intenções mais "altruístas" relacionadas com o medo de magoar alguém próximo mas isso só piora e complica a estória. Temos também outros que se agarram incondicionalmente nas suas verdades como se essas fossem a única verdade possível. Estão totalmente enganados, refugiam-se em justificações emocionais, pensam que estão a falar com o coração quando toda a gente percebe que estão a falar é com o umbigo, vá-se lá entender!

Grande concerto ontem!

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Lenny estás finalmente perdoado por aquela cena que me fizeste há uns anos no Restelo!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Agradecimento eterno

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Ontem morreu o Vasco Granja, o homem que me apresentou a Pantera Cor-de-Rosa. Estou-lhe eternamente grato e sempre lhe perdoei a estopada de filmes checo-eslovacos e romenos que tive de suportar.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Rio que mora no mar...

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Pô que saudades!!!

Saudades do pastel do BB Lanches a qualquer hora, de uma noite perfeita no Sushi Leblon, das caipivodkas, caipirinhas, de limão, de morango, de maracujá (coada, claro) ou de todos os outros frutos difíceis de recordar e até pronunciar, dos croquetes de picanha no Veloso no regresso da praia, das noites intermináveis de chop Brahma no Jobi, sem nunca esquecer a sanduíche de pernil, do suco de açaí com banana em Ipanema, das noites glamourosas no Boox, do mergulho no mar às oito da manhã no Arpoador, das noites de dança na Lapa e do Rio Scenarium, de ver Monobloco no Circo Voador, do acordar com a companhia do morro dois irmãos, da vista maravilhosa da Pedra da Gávea, da música constante que nos envolve, do optimismo e descontracção latente, dos amigos que nos recebem de braços abertos, do aterrar no Santos Dumont, das rodas de samba, da corrida de fim de tarde no calçadão e da caminhada madrugadora, dos fins de tarde e começos de noite no Bar da Praia, do mergulho no mar em Ipanema, Leblon, Barra ou Praínha, do nascer do sol na praia de Botafogo, do aterro do Flamengo, das noites da Urca, da picanha no Garota da Urca e na Garota de Ipanema, da Rua Dias Ferreira, da livraria Travessa, dos passeios na Avenida Visconde Pirajá, da Lagoa Rodrigo de Freitas, da chegada ao Rio pelo túnel da Rebouças, do bondinho da Lapa, de Santa Teresa e do Aprazível, do sol, do calor, do cheiro, dos chinelos, bermudas e camiseta, do passeio de bicicleta até ao Leme, do Guaraná Antártica Light, da água de coco em qualquer lugar, das lojas da Osklem, eu sei lá que mais! Preciso de permanentes doses de regresso pois estou 100% carioca. Pô, morro de saudades desse meu esquema!