tag:blogger.com,1999:blog-65566906740151091392024-03-13T18:52:27.473+00:00Chega de Saudade"Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais"
Cazuza - Exagerado - Um blogue que une uma vida à música como uma banda sonora.Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.comBlogger1580125tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-67731480606844398032019-04-17T16:31:00.001+01:002019-04-17T16:31:28.166+01:00"Ora" Luiz mais uma música linda<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
As músicas do Luiz Caracol emocionam-me por várias razões, por conhecê-lo e por ter acompanhado o seu percurso desde muito cedo, por saber que é uma pessoa talentosa mas também uma pessoa boa e, acima de tudo, porque o Luiz faz música com muita qualidade. Este seu tema mais recente, "Ora", é mais um exemplo irrepreensível disso.<br />
Infelizmente, o seu talento não tem vindo a ser reconhecido tão justamente como merecia, para quem já lançou músicas tão boas e envolventes, já merecia ser uma das referências indiscutíveis da nova música portuguesa. lamentavelmente ainda não o é mas o mais importante é que isso, se o condiciona de alguma forma, é no sentido de lhe dar ainda mais alento para cada vez colocar mais qualidade no seu trabalho. E isso, conhecendo-o, deixa-me cheio de orgulho.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-67930787590407858272019-04-02T14:04:00.000+01:002019-04-02T14:04:19.932+01:00"Corre corre"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Passaram 15 anos desde o lançamento do álbum 4, de 2005 e ontem, inesperada e surpreendentemente, surgiu a primeira música original desde essa altura. Já não chegava a maravilhosa notícia da segunda reunião da banada para mais uma tournée e, nessa sequência surge uma música nova interpretada pela voz de Marcelo Camelo e parece que vai haver mais músicas inéditas a apresentar nesta série de concertos. Lembro que a última reunião e consequente tournée já foi em 2015 e não passou por Portugal por isso estou suplicando a todos os deuses da música para que isso seja possível desta vez e que eu, finalmente, consiga ouvir e ver esta magnífica e talentosa banda ao vivo.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-60642660321869440182019-03-04T18:04:00.000+00:002019-03-06T09:35:30.459+00:00Roteiro de Carnaval numa música<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Segunda feira de Carnaval em Lisboa é momento de nostalgia e saudade danada para quem gosta do Rio de Janeiro e do seu Carnaval. Todos os anos em que eu não estou lá e, infelizmente, são a grande maioria, o coração começa a apertar e as emoções vão ficando cada vez mais à flor da pele parecendo até que a minha masculinidade incorpora uma tpm fantasiosa :). É a maldição de amar tanto aquela cidade e de ter já inúmeras memórias incriveis.<br />
Hoje, eu e a C. estaremos madrugada dentro ansiando pelo desfile da nossa Estação Primeira mas o Carnaval não é só samba, é muito mais do que isso. Curiosamente, enconteri hoje uma música, tema de estreia do músico carioca Danilo Perelló que fala da multiplicidade de emoções que se podem viver nessa fase de folia que vai para além dos tradicionais 3 dias. O tema chama-se "Amor de Carnaval" e visita diversos momentos emblemáticos da animação carnavalesca.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-72599651903778925242019-02-06T15:31:00.001+00:002019-02-06T15:31:42.263+00:00#ProibidooCarnaval <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
"Agora há uma nova era no Brasil em que menino veste azul e menina veste rosa." Quem disse isto foi a nova ministra <span style="color: #151316; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: -0.3px;">da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro,</span> Damares Alves na comemoração da sua tomada de posse. Esta é a mesma que, além de ooutras barbaridades, justificou há bem pouco tempo que alguns dos seus títulos académicos são diplomas bíblicos quando foi questionada pelo facto de conter no seu currículo oficial, títulos académicos que não possui. Não é muito diferente de certos personagens recentes na política portuguesa, a única diferença é que esses por se orgulharem da sua condição ateísta e laica não podiam recorrer a deus para os certificar.<br />
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É óbvio que esta declaração gerou infinitas reações na internet, reações contrárias e favoráveis. Situação curiosa o facto acontecer no Brasil, país conhecido por tantas conquistas liberais. No entanto, esse lado vanguardista viveu sempre paredes meias com uma face do mesmo país extremamente conservadora e até ortodoxa, que ganhou força com a eleição deste presidente.<br />
Como não poderia derixar de acontecer, o mundo artístico reagiu com a qualidade que o carateriza e, aproveitando a época que se avizinha, surgiu uma música que reune a eterna raínha do carnaval da Bahia, Daniela Mercury e o filho da Bahia mais planetário, Caetano Veloso. O tema chama-se "Proibido o Carnaval"e é um ataque direto às infelizes declarações da ministra. Quem me dera que a resposta à idiotice tivesse sempre esta intelegência e qualidade.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-61021229125549117072019-02-01T19:03:00.002+00:002019-02-01T19:03:19.301+00:00Sorria, tá aí o Carnaval<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Sorria!!! Música nova da Orquestra Bamba Social e Tiago Nacarato, uma marchinha de Carnaval que, certamente, irá passar muitas vezes lá para os lado de Estarreja.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-17818394545689202392019-01-25T18:34:00.003+00:002019-01-29T15:25:40.148+00:00"Brasil, meu dengo a Mangueira chegou"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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"Mangueira, tira a poeira dos porões</div>
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Ô, abre alas pros teus heróis de barracões</div>
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Dos Brasil que se faz um país de Lecis, Jamelões</div>
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São verde e rosa as multidões</div>
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(...)</div>
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Salve os caboclos de julho</div>
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Quem foi de aço nos anos de chumbo</div>
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Brasil, chegou a vez</div>
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De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês"</div>
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Este é o samba enredo da minha querida Verde e Rosa para o Carnaval de 2019. O enredo tenta contar a história do Brasil de forma tão simples como numa história de ninar e é mesmo esse o tema do enredo do desfile da escola este ano, "História pra ninar gente grande". No entanto, o propósito é muito mais ambicioso, o título do samba enredo é, "Eu quero um Brasil que não está no retrato" e a escola pretende contar mais do que a história dos marcos e dos factos formais que já se conhecem, pretende contar a "história que a história não conta", a história do cidadão comum ou mesmo do ostracizado, havendo claramente uma tomada de posição política consciente. Posição que atinge o seu momento de apoteose quando lembra, cita e homenageia a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada a tiro no dia 14 de março de 2018 no Rio, junto com o seu motorista Anderson Gomes.</div>
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O Carnaval, apesar de ser uma manifestação cultural e, nesse sentido, uma das maiores do mundo, já esteve diversas vezes ligada a manifestações de posições socio políticas e esta opção da Mangueira só vem realçar o momento que o Brasil atravessa, um país mais do que bipolarizado, partido ao meio com posições diametralmente opostas dos dois lados das trincheiras na grande maioria das temáticas sociais e políticas que são essenciais para a vivência de qualquer sociedade.</div>
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Não se deve também esquecer que o samba, entres os vários críticos cotados e personalidades relevantes no Carnaval do Rio, está cotado como um dos melhores deste ano, senão mesmo o melhor. E isso só dá mais valor aos criadores e à escolha corajosa da maior escola de samba do país.</div>
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Vai Mangueira!</div>
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-70823797401228468482018-12-28T12:29:00.001+00:002018-12-28T12:29:43.859+00:00Encontro de dois génios por causa de Sangemil <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Sangemil é uma terra nos arrabaldes da Maia, colada à Giesta, nome do terceiro disco a solo do Miguel Araújo e onde ficava a casa da sua avó. Nunca esta terra teve tanto destaque como agora até porque existe pelo menos uma outra Sangemil em Portugal um pouco mais famosa porque até tem umas termas com o mesmo nome.<br />
A Sangemil da Maia, provavelmente, não tem sequer dimensão para ser aldeia, será, no limite, um lugar, designação convencional para se denominar uma aglomeração de casas que não chegam à dimensão geográfica mínima para serem considerados aldeia, pleo menos é assim no norte de Portugal.<br />
Sangemil era o local onde o Miguel começou a ter o seu primeiro contacto com a música graças aos seus tios carolas que mantinham um grupo musical e interpretavam os grandes sucessos anglo-saxónicos da sua juventude.<br />
O Rui Veloso é um dos músicos e compositores mais marcantes da música portuguesa, de uma geração mais próxima à dos tios do Miguel e com grande influências também na música que revolucionou o panorama musical a partir dos anos 60.<br />
O Miguel e o Rui são dois virtuosos, com influências muito próximas, com as mesmas origens geográficas e até sociais e que, facto mais surpreendente, conviveram de umas forma próxima desde muito cedo na infância e adolescência do Miguel.<br />
Por estas razões todas era inevitável que um dia houvesse este encontro formal dos dois que simboliza tantas aspetos comuns nas suas vidas e que demonstrasse o que certamente já aconteceu inúmeras vezes em encontros informais que nós, simples mortais , não tivemos a sorte de assistir. O tema do Miguel deste seu último trabalho e que tem o nome desse mítico lugar, Sangemil, é, não só, um pedaço da história do Miguel mas é também a música perfeita para assinalar este encontro. Encontro feliz e que representa muito para a música portuguesa.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-80184146383534233232018-12-06T17:44:00.000+00:002018-12-06T17:44:06.500+00:00Revelação<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Esta música, recentemente, adquiriu um papel muito especial na minha vida. Confesso que já conhecia a versão original, do Grupo Revelação, mas passou meio despercebida durante anos, no entanto, no recente concerto do Caetano Veloso e filhos, esta canção faz parte do alinhamento e é cantada pelo Zeca Veloso. E aí a interpretação delicada de uma samba pagode pelo clã Veloso, conferiu um encanto incotrolável não só a esta versão mas também à versão original. Foi claramente um momento de estupefação, tipo: "mas como é que eu não ouvia esta música todos os dias?!<br />
É um tipico samba de estímulo, de incitação, com uma mensagem simples mas que nos joga para cima, nos dá uma injeção automática de ânimo e esperança.<br />
Neste últimos tempos tem aparecido à minha volta, no meu círculo mais próximo de amigos e de conhecidos vários casos delicados de doença e todos eles implicam uma luta imediata e constante, um enfrentamento direto do problema e uma superação permanente dos momentos menos bons, quer de quem tem o problema mas também dos entes mais queridos e próximos que estão com eles nesta luta. Ontem, tivemos mais uma notícia daquelas que não queremos receber e mais uma vez lembrei-me desta canção que fala de guerreiros que é aquilo que todos têm de ser neste momento,<br />
"Guerreiro não foge da luta e não pode correr<br />
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer"<br />
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Para a doce P., para o grande M., para a imparável M., para o tio C. e para todos os que os rodeiam e estão apoiar de forma mais próxima, todos eles guerreiros, cada um à sua maneira, um desejo carregado de otimismo e solidariedade.<br />
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"Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé<br />
Manda essa tristeza embora<br />
Basta acreditar que um novo dia vai raiar<br />
Sua hora vai chegar"<br />
Tá escrito - Grupo Revelação<br />
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<br /></div>
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-62725118705470949742018-12-05T14:30:00.001+00:002018-12-05T14:30:40.186+00:00De novo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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O Samuel Úria é uma das grandes figuras da música de língua portuguesa dos nosso tempos, músico, compositor, escritor de letras e ainda uma voz singular que lhe dá uma consistência e uma posição única e difícil de igualar, pelo menos, aqui em Portugal.<br />
Há uns tempos recentes lançou um EP, "Marcha atroz" do qual faz parte esta deliciosa e encantadora balada, "Vem de novo". Bela música.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-21810093121187718352018-11-21T16:21:00.007+00:002018-11-21T16:21:49.886+00:00Nova Lisboa é um Mundu Nôbu<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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"Mundu Nôbu" é o título do novo trabalho do cantor português Claudino de Jesus Borges Pereira nascido em Quarteira. Parece que não faz sentido nenhum, certo? Mas a verdade é que nesta frase está muita desta nova nova miscigenação que enriquece tanto a cultura de língua portuguesa e que permite um poder de atração nunca antes visto que ultrapassa finalmente as fronteira da língua e do segundo plano reservado à música étnica. Étnica ou, comumente, intitulada como world música que, apesar de mundial, nunca chega ao mainstream das massas e, consequentemente, nunca ganhou escala.<br />
Ora o Claudino é mais conhecido por Dino D'Santiago e, apesar de natural de Quarteira, os seus laços umbilicais estão em Cabo Verde e na sua cultura. Este disco dele, o segundo LP, não só vem confirmar o seu talento mas também alavancar esta emancipação generalizada da cultura de língua portuguesa, para além do contributo brasileiro que foi até hoje e muito legitimamente o embaixador natural desta cultura.<br />
O nome do disco e este tema "Nova Lisboa" demonstra tudo o que já foi referido relativo à transformação dinâmica e muito positiva que estamos a assistir à nossa cultura em geral e a Portugal em particular.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-8892360564032901502018-11-16T14:12:00.001+00:002018-11-16T14:12:49.103+00:00A surpresa Carolina<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Não tinha noção, até há bem pouco tempo da qualidade da Carolina Deslandes, qualidade musical e também como compositora. Nõ achava muita piada à música mais escutada e mais associada a ela, a "Para a vida toda", tenho alguma simpatia pela "Avião de papel" principalemnete pela participação do Rui Veloso mas ficava por aí. Foi preciso uma emissão da Rádio Comercial onde ela e o Zambujo improvisaram dois temas, para me fazer ir investigar mais e ficar muito srpreendido com o seu disco de estreia. O dueto com o Zambujo é maravilhoso, chama-se "Coisa mais bonita" e é perfeito para os dois. O tema "A miúda gosta" é delicioso, é uma bossa inocente sem pretensões, com um poema encantador e descobri que a Carolina a fez para o Zambujo. Era um tema mais que perfeito para ele, é incrível como é a cara dele em termos musicais e no próprio poema como ele admitiu mas ele não gravou a música e a versão da Carolina é linda. mais um belo contributo para a riqueza da música de língua portuguesa.
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<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/-oET3KBnyLE" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-10405579805421529572018-11-15T10:37:00.001+00:002018-11-15T10:38:41.754+00:00Do avesso<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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"Do avesso" é o nome do novo trabalho do António Zambujo, depois de quatro anos muito ativos, volta a lançar um disco de originais e a música "Sem palavras" é a primeira amostra já disponível e vem confirmar o progressivo afastamento do zambas ao fado tradicional - nesta música em especial nem aparece a guitarra portuguesa que tem sido sua fiel companheira mesmo nos temas menos "fadísticos" do seu repertório.
É um tema que me aprece estar mais perto do pop jazz melódico do Jamie Cullum (que curiosamente também tem novidades recentes), por exemplo, do que das raízes fadista e tradicionais que estiveram sempre presentes nos seus discos anteriores e, também por isso, deixa no ar muita curiosidade para a revelação do disco no seu todo que está previsto para o próximo dia 23 de Novembro.
Entretanto, o Coliseu do Porto está já marcado para o próximo dia 23 de Fevereiro para o primeiro concerto de revelação deste novo trabalho.
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Linda e grande música, Márcia e António Zambujo, dois dos diversos belos exemplos da vitalidade atual da música portuguesa. O dueto "Vai e vem" faz parte do novo disco com o mesmo nome e este vídeo tem apenas a Márcia a interpretá-la mas o Zambas é fundamental na versão original.
A Márcia tem uma capacidade de fazer coisas encantadoras e envolventes e este novo disco parece uma doce confirmação desse facto. E já são 4.
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Passei várias noites jogando conversa fora com o Sr. Narciso o Sr. Jobi, um homem encantador que tinha saudades permanentes da terrinha mas que amava profundamente o seu Rio de Janeiro. Quando ouvia falar português de Portugal no seu boteco, juntava-se logo à conversa e mostrando o seu orgulho em ser português. Infelizmente, deixou-nos esta semana. Não costumo fazer estas coisas nas redes sociais mas o Sr. Narciso é um dos muitos motivos por eu amar tanto o Rio e sei que vai ser muito estranho é triste voltar ao Jobi e saber que não o vou cumprimentar.
Valeu Seu Narciso!
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Está quase. Com muito sal e muita música como esta do Orlando Santos, grande voz do soul que está a preparar o seu segundo trabalho. Enquanto não aparece nunca é demais ouvir este maravilhoso "For real".<div>
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-22637204504930973902018-08-02T18:36:00.001+01:002018-08-02T18:36:47.013+01:00Tom, Zeca, Moreno, Caetano<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Foi maravilhoso. É verdade que eu sou suspeito, já vi muitas vezes o Caetano Veloso ao vivo, em vários registos e com diferentes estados de espiríto, quer eu, quer ele e sempre amei os seus concertos, nem sempre pelas mesmas razões mas nunca saí fustrado de nenhum, pelo contrário, sempre saí encantado.<br />
Ontem, ia com muito poucas expetativas, o registo era único e recente, Caetano e os seus 3 filhos juntos em palco e sem banda de suporte, interpretando temas, na sua maioria, do progenitor e promotor da ideia mas também algumas criações dos filhos. Moreno jáconheço há muito e conheço bem, o seu trabalho, inclusivamente, as colaborações que já executou com o pai. Dois outros conheço basicamente o que o disco da tournée mostra. E é o disco que já escutei algumas vezes, que me deixou tão de pé atrás, achei um disco competente mas meio sem sal. Um disco que traz um novo alinhamento de canções do Caetano, talvez com músicas que sejam mais especiais para os seus filhos e a única novidade são os temas dos filhos, coisas diferentes mas boas é um facto mas nada mais do que isso. Estou a ser redutor na análise, mesmo assim, reconheço, o alinhamento de temas do Caetano não é um tema irrelevante pois a incrível dimensão do seu repertório permite que ele possa fazer uma tournée por ano sempre diferente da anterior e, o facto do Caetano co-interpretar alguns dos temas dos seus filhos também é facto importante pois, por mais qualidade que os rebentos tenham, nenhum tem uma voz como a do pai e, sempre que ele coloca a sua voz numa música, sem desprimor para ninguém, a verdade é que essa música ganha uma outra dimensão e ganha, automatica intrinsecamente, um upgrade na qualidade.<br />
Mas o disco, apesar de ser um registo fiel do concerto, é unidimensional, não consegue transmitir a dimensão emocional. Não sei como têm sido os concertos nas outras cidades e sei que Caetano Veloso no Coliseu dos Recreios é sempre um marco especial mas ontem foi ainda mais especial :). A energia que pairava no ar do Coliseu era de uma noite singular, talvez o calor da primeira noite de verão do ano tenha também inflamado mais a atmosfera mas o facto era incontornável, a noite ia ser, no mínimo, fantástica.<br />
Depois foi encantador perceber a cumplicidade dos irmãos entre eles e com o seu pai e foi maravilhoso perceber a ansiedade que o mais maduro e experiente membro do clã denotava por estar em palco com os seus filhos, esse Caetano humano, protetor, nervoso e, por vezes até receoso, foi algo que nunca tinha visto e estimulou a uma ainda maior cumplicidade e comunhão do público com eles.<br />
Previsto no alinhamento está um tema maravilhoso do grupo de Pagode, Grupo Revelação, intitulado "Tá escrito" e que encerra a atuação antes dos encores. No disco é interpretada pelo Zeca mas ontem foi pelo Moreno. É a única música que não é de autoria do clã mas é um excelente hino para a despedida. No nosso caso, tivemos ainda a sorte de, nos encores, ouvir Moreno a cantar Amália Rodrigues, interpretando a marcha lisboeta "Noite de Sto. António" e Caetano a cantar "Amar pelos dois" do Salvador Sobral, gentilezas que contribuiram para que a noite especial se tornasse verdadeiramente inesquecível.<br />
Moral da estória, nunca se recusa um concerto de Caetano e nunca se vai com baixas expetativas. Obrigado aos quatro por me proporcionarem uma noite tão extraordinária.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-52356743658339597082018-08-01T15:36:00.001+01:002018-08-02T17:02:44.920+01:00Live in the moment<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
1 de agosto, primeiro dia verdadeiramente de verão no ano de 2018, Portugal. The Man sugerem "Live in the moment" e eu não vejo pior local do que o gabinete do escritório, para estar num dia destes. É só um desabafo.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-82883579414142095102018-07-20T15:39:00.002+01:002018-07-20T15:39:23.224+01:00Coisas boas de 2018, até agora<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Com a melancolia própria de um verão com crise de identidade, algumas coisas boas que sairam este ano e todas elas carregadas de soturnidade, ideais para agudizar a frustante nostalgia de uma dia tórrido. Mas o fim de semana está aí e com sinais positivos de cheiros e sabores quentes.<br />
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"Seven falls", tema do álbum de estreia a solo da cantora e compositora norte-americana Laura Veirs, "Just dumb enough to try", canção mais bonita do quarto trabalho do, também norte americano Father John Misty, "Crush" é o novo single dos texanos Cigarettes After Sex, o canadiano Patrick Watson também tem um single novo e chama-se "Melody noir". No mesmo estilo, Ray LaMontagne lançou há pouco "Such a simple thing" e, finalmente e para acabar, mais um americano, cantor e compositor, Ryan Adams e o doce "Baby I love you".<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-2236894965030666892018-07-13T11:00:00.002+01:002018-07-13T11:00:17.477+01:00Grooveria Soul<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Sexta feira 13 dá nisto, dia para escutar monstros do soul do país irmão, Jorge Ben Jor, "O homem da gravata florida", Wilson Simonal, Mustang cor de sangue", Bebeto, "Mr. Brown", Zé Roberto "Lotus 72 D", Toni Tornado "Me libertei", e o eterno monstro Tim Maia, "Idade". Deve ter sido uma época bem divertida com estes malucos a criar e a atuar. A música soul americana a ganhar tropicalismo.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-10844771947762650492018-07-11T14:26:00.000+01:002018-07-12T17:42:30.530+01:00"Há 60 anos, o samba ganhava uma 'bossa nova'"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Este é o título da crónica do jornalista Gabriel Saboia para assinalar o 60º aniversário do nascimento de um novo estilo musical na música popular brasileira, uma nova bossa. De facto, esta nova abordagem à música não nasceu isolada mas foi sim uma evolução nos estilos musicais já existente no panorama vasto e risxco da música que se fazia já no Brasil e ainda com influências assumidas e latentes da música americana e do jazz.<br />
Em 1963, o crítico José Ramos Tinhorão dizia, "Filha de aventuras secretas de apartamento com a música norte-americana - que é inegavelmente a sua mãe - a bossa nova vive até hoje o mesmo drama de tantas crianças de Copacabana: não sabe que é o pai", conforme refere uma crónica que também asssinala a data na Folha de São Paulo.<br />
A data que oficialmente assinala o nascimento da bossa nova é o dia de lançamento do disco "Chega de Saudade" de João Gilberto e que posteriormente foi considerado o marco mais representativo para assinalar o nascimento deste movimento cultural que, por ter nascido fruto da colaboração e partilha espontânea e desiteressada de um vasto número de artistas, compositores e poetas, não teve um nascimento oficial mas, em oposição, uma génese natural, orgânica e florescente fruto do ambiente que o boêmio Rio de Janeiro da altura proporcionou.<br />
A música que dá nome ao disco é uma criação de António Carlos Jobim e do poeta Vinícius de Moraes e a interpretação e o acompanhamento ao violão de João Gilberto, condensa em si uma grande parte da essência desta nova música e muito se deve a estes três a consolidação e a internacionalização até deste estilo, sem desprimor para todos os outros que contribuiram e que com legitimidade também deve ser considerados protagonistas da criação. Sem a voz, os acordes e o dedilhar do violão único de João Gilberto, a cultura musical ao mesmo tempo eclética e erudita de Tom Jobim e a boêmia malanda aliada a uma fé inabalável e ingénua no amor do poetinha seria impossível que este estilo músical reunisse tantas músicas tão cheias de ternura e afetos, com uma simplicidade só digna de génios. Uma música tão incrivelmente intemporal e que nos transporta tão rapidamente para o maravilhoso Rio de Janeiro.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT3kZnw7c2sGmXhw1A5cCw8sXYT_bp9yu9LJc4ZTMEd2NphcuGV9HWpOn-cZ_8gZVlkbpsojCwZKvbZDigE-lDsJwHDFbHXHXM5m3_cZxCG__o8eb56-nkb16ZiySWxmbg1d8FATN45SI/s1600/chega+de+saudade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1063" data-original-width="1063" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT3kZnw7c2sGmXhw1A5cCw8sXYT_bp9yu9LJc4ZTMEd2NphcuGV9HWpOn-cZ_8gZVlkbpsojCwZKvbZDigE-lDsJwHDFbHXHXM5m3_cZxCG__o8eb56-nkb16ZiySWxmbg1d8FATN45SI/s320/chega+de+saudade.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/195685/ha-60-anos-o-samba-ganhava-uma-bossa-nova.htm">Crónica Globo</a><br />
<a href="https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/07/chega-de-saudade-faz-60-anos-ainda-envolta-em-dissenso-sobre-origens-da-bossa-nova.shtml">Crónica Folha de São Paulo</a></div>
Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-79963907120213680662018-07-06T18:08:00.000+01:002018-07-06T18:08:29.353+01:00Mariana Secca aka Maro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Para quem não conhece, devia conhecer, a Mariana Secca é uma excelente revelação da música de língua portuguesa. E escolhi este vídeo pois, no início tem uma breve apresentação de quem esta artista que dá pelo nome de Maro, no meio artístico.<br />
É uma nova voz e até um novo som talvez inspirado no indie folk tão em voga na américa do norte, nos últimos anos.<br />
Cantautora , musica, artista muito precoce, começou a tocar piano aos 4 anos, a compor aos 12 e aos 17 resolveu ir estudar para os Estados Unidos para a Berklee College of Music, escola onde estudaram diversos músicos com notoriedade mundial, nomeadamente o guitarrista Steve Vai e John Mayer.<br />
Durante o ano de 2018 tem vindo a lançar 3 discos como estreia, algo bastante incomum mas que mostra o trabalho acumulado até ao seu lançamento e que, segundo ela, conta o seu crescimento na música até aos seus atuais 23 anos. Volume 1, 2 e 3 são os nomes dos três trabalhos e este belo "Páro quando oiço o teu nome" faz parte do 2º disco.<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-14452119238361728122018-07-05T17:35:00.002+01:002018-07-05T17:35:25.121+01:00Yellow Ledbetter<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Este é o título da música que mais gosto dos Pearl Jam, banda que me causa sempe diferentes emoções e até reações físicas. É a primeira banda que coloco a tocar no carro sempre que tenho um carro novo, não sei porquê mas tornou-se ujma tradição desde há 18 anos, nos idos anos 2000 quando coloquei o recente disco ao vivo gravado no Estádio do Restelo em Lisboa.<br />
Tenho uma misto de emoções sempre que recordo a única vez que os vi ao vivo, no então denominado Pavilhão Atlântico, em 2006. Foi um concerto incrível, com uma energia vibrante e única. Noite em cheio, mesmo! Infelizmente, na manhã do dia seguinte recebi uma das notícias mais tristes da minha vida, o meu cunhado e grande amigo Z. faleceu num acidente estúpido e macabro a caminho do trabalho.<br />
Nunca mais tive interesse em voltar a ver Pearl Jam e não sei sequer se, nessa noite, eles tocaram esta música. No entanto, desde esse dia, cada vez que a oiço, é um momento de recordação dessa pessoa única. Há outros motivos e outras músicas que me recordam o Z., especialmente o sobrinho que me proporcionou mas esta música tornou-se especial por este infeliz acaso mesmo antes de me ter apercebido da sua letra.<br />
Se tudo correr como o previsto vou voltar a ver Pearl Jam na próxima semana e vou-me recordar do Z.<br />
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"Ah yeah, can you see them out on the porch? Yeah, but they don't wave.<br />
I see them round the front way. Yeah.<br />
And I know, and I know I don't want to stay.<br />
Make me cry..."<br />
Yellow ledbetter - Pearl Jam<br />
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A cantora Simone Bittencourt de Oliveira ou, simplesmente, Simone como é conhecida, foi uma das minhas primeiras paixões musicais e uma das grandes influências que, de uma forma profunda e duradoura, formou o meu gosto musical para a vida.<br />
A sua voz incrível e a sua interpretação única do que cantava faziam porprocionavam uma fórmula única e distintiva que lhe conferiu um lugar de destaque no universo das intérpretes femininas da mpb, apesar da musculada concorrência e da diversidade de vozes femininas de elevada qualidade que estavam no auge quando ela surgiu, nomeadamente, Gal Costa, Elis Regina, Maria Bethânia e Clara Nunes e sem colocar aqui a anterior geração surgida do samba canção e que ganhou consistência com o surgimento da bossa nova.<br />
Não foi apenas a sua fórmula que me seduziu, o que cantava e continua a cantar também foi relevante, a Simone é uma intérprete que não compõe as músicas que canta e o seu cancioneiro é vasto e diversificado. Apesar de ser, reconhecidamente uma cantora de música romântica, a sua carreira demonstra um reportório muito mais vasto e eclético, samba, música popular, música de intervenção até, são estilos que, reconhecidamente, lhe são associados.<br />
E esse facto foi também a minha sorte, as cassetes que gravava dos vinis de uma tia mais velha de um amigo da escola, colega desde a primária, fizeram-me descobrir Gonzaguinha, Milton Nascimento, Ivan Lins, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Lupicínio Rodrigues, Pixinguinha e tantos outros, através da sua forma de interpretar estes grandes astros da mpb.<br />
É a Simone que me apresenta também a lógica dos samba enredos pois, numa fase da sua carreira, cada disco continha pelo menos um samba emblemático.<br />
Há inúmeras músicas que fazem parte de momentos determinantes da minha vida mas há uma que já não ouvia há muito tempo e que ouvi por acaso hoje que se chama "Raios de luz".<br />
É um tema enternecedor e com um poema deliciosa pela simplicidade que contém. E lembro-me também que no disco onde tenho essa música, uma coletânea de sucessos chamada "Sou eu" a seguir a este tema surge "Carinhoso" a maravilhosa música do Pixinguinha que é quase um hino não oficial do Brasil. Música que eu sempre amei e que ganhou uma importância especial e única na minha vida recente pois foi a música que nos acompanhou quando casámos.<br />
Sempre achei que uma não podia viver sem outra apesar de perceber depois que esta sequência era apenas um feliz acaso. No entanto felizes acasos destes merecem tornar-se inesquecíveis.<br />
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<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lB404TuGwgI?rel=0" width="560"></iframe><br />
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"Você chegou e iluminou o meu olhar<br />
Teus olhos nus, raios de luz no azul do mar<br />
Meu coração, que sempre quis acreditar<br />
Bateu feliz, foi só você chegar<br />
<br />
Sei que a paixão apaga o chão, rareia o ar<br />
Ser e não ser, negar, querer, fugir, ficar<br />
<br />
Mas não fui eu quem quis assim<br />
Aconteceu você pra mim<br />
E eu não vou negar o que o acaso quis pra nós<br />
A chama desse amor me faz<br />
Sorrir cantar, te quero mais<br />
Te chamo só pra repetir "te amo"<br />
<br />
Mas não fui eu quem quis assim<br />
Aconteceu você pra mim<br />
E eu não vou negar o que o acaso quis pra nós<br />
A chama desse amor me faz<br />
Sorrir cantar, te quero mais<br />
Te chamo só pra repetir "te amo""<br />
Raios de luz - Simone</div>
Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-41991698896176634772018-06-22T18:04:00.000+01:002018-06-22T18:04:06.210+01:00"Bem que se quis...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Depois de tudo ainda ser feliz!"<br />
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Faz hoje dois anos que Portugal empatou com a Hungria no Euro 2016 e, afortunadamente conseguiu uma apuramento milagroso para os oitavos de final mas, também nesse dia, foi o dia em que finalmente nos casámos. Finalemnte porque já partilhamos a nossa vioda desde 2011 e porque já não era sem tempo.<br />
Foi um dia muito feliz, passado com os nossos queridops amigos que testemunharam e abençoaram tão importante momento. Foi dia de samba e folia e muita dança e cantoria. Foi um dia para nos recordarmos sempre e eternamente e para agarrarmos a ele sempre que enfrentemos uma tormenta. Lembro-me de ouvir um dia um conselho sábio para os momentos menos bons, quando houvesse dúvidas que nos lembrássemos sempre de porque é que nos apaixonámos, Tenho seguido sempre esse conselho e adicionei-lhe também mais um incentivo, a lembrança de todos os momentos felizes que já passámos e dos maiores foi há dois anos.<br />
Como diz o grande Nelson Motta na voz da Marisa Monte, o importante é continuar a querer ser feliz e eu continuo a sê-lo ao teu lado C. E isso só é possível porque continuo a amar-te.<br />
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<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ge3IhQKLU2Y?rel=0" width="560"></iframe><br />
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"Amar alguém<br />
Amar é como o prazer de conseguir estar sozinho - mas melhor. Amar é o prazer de descobrir continuamente que há alguém com quem se quer passar o tempo todo, incluindo o tempo que se quer passar juntos e o tempo que se quer passar sozinho.<br />
<br />
Amar é um casamento de solidões que, gozando o prazer da juntidão, mesmo assim não prescinde dos prazeres de duas solidões juntas, estejam momentaneamente separadas ou reunidas.<br />
<br />
Amar alguém é uma coisa egoísta que só nos faz bem. Mas só se a pessoa amada nos contra-ama também. Ser amado alivia muito a loucura de amar e de ser obrigatoriamente infeliz por causa disso.<br />
<br />
Amar e ser amado é a melhor sorte que se pode ter. Não são milagres que aconteçam por acaso. É preciso trabalhar com leviandade - por muito cheio de amor que o coração esteja - para que esses milagres, facílimos, comecem a habituar-se a acontecer regularmente.<br />
<br />
Amar alguém é um alívio: é poder deixar de pensar que cada um de nós é marginalmente mais importante do que qualquer outra pessoa que nasceu nesta vida e neste planeta.<br />
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Amar alguém é um baluarte contra o mundo, um salvo-conduto, uma casa aonde não só se pode regressar como ficar fechado dentro dela, sem precisar de sair.<br />
<br />
Amar alguém é a única, verdadeira distracção. Os que não amam - muitos porque têm medo de se entregarem - chamam obsessão ao amor sem saber que o amor é o grande apagador de insignificâncias e a única maneira de fazer coincidir a alma e a atenção em duas vidas."<br />
Miguel Esteves Cardoso - Jornal Público<br />
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Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6556690674015109139.post-81356371107969520082018-06-21T18:14:00.000+01:002018-06-21T18:43:29.922+01:00É verão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /></div>
Apesar da chegada tímida com chuva, o calor e a humidade no ar confirmam que o verão chegou ao hemisfério norte e a Lisboa. Para o celebrar, algumas novidades recentes na diáspora lusófona, novos trabalhos da angolana Aline Frazão, do Salvador Sobral e dos cariocas Baltazar e ainda uma descoberta de nome Janeiro. Músico e compositor português de Coimbra e que lança o seu primeiro álbum depois de algumas participações. Quatro belas provas da vivacidade e energia da música em língua portuguesa e ótimos temas para ouvir a regressar da praia.
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<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TVIzCa3tNzU?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>Jhttp://www.blogger.com/profile/06988401221497640205noreply@blogger.com0