sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Arnaldo e Marisa voltam a fazer magia

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As colaborações e parcerias da Marisa Monte e Arnaldo Antunes já deram várias obras primas à música, a maior delas, talvez, o disco dos Tribalistas onde se juntou também o terceiro vértice deste núcleo de criação, Carlinhos Brown.
O Arnaldo Antunes tem novo disco, chama-se "Já é" e já é de 2015, grande falha a minha. e tem este dueto maravilhoso com a sua parceira natural e que se chama "Peraí, repara". Neste tema, tem tambémn um contributo de outro talentoso músico, compositor e produtor musical Dadi, também ele um importantíssim e fundamental elemento no disco dos Tribalistas onde tocou, além de baixo, seu instrumento de origem, guitarra, bandolim, piano e violão, cavaquinho e acordeão.
Boa música para este dia cinzento escuro e alagado que perspetiva um fim de semana de recolha e espera pelo sol mais quente e presente de Março.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Djavan é...Djavan

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Para o bem e para o menos bem não é normal esperar surpresas no lançamento de novos trabalhos do Djavan. A sua linha é muito corente e linear desde o seu princípio e o máximo que se pode considerar é uma certa evolução na sua música ao desligar-se mais das suas ligações à música tradicional da sua origem para passar a assumir um papel de verdadeiro crooner da MPB.
E isso não é mau, pelo contrário, o que surpreende é a manutenção da qualidade das suas músicas e a sua voz limpída, cativante, envolvente e até sedutora que ignora totalmente os anos que já passaram.
O Djavan tem um nova trabalho que foi lançado em finais do ano passado e que se chama "Vidas pra contar" e, mais uma vez, garante 3 ou 4 músicas de fácil atração e espontaneamente viciantes.
Não sou fã incondicional do trabalho do Djavan, já fui mas continuo fã incondicional da sua voz e destas 3 ou 4 musicas que ele garante em cada trabalho novo que publica. A minha preferida é a o tema "Não é um bolero" pois é uma daquelas.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Dia de romaria

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Hoje vamos ver o Zambujo e o Araújo e a rima perfeita dos nomes apetece que não seja uma mera coincidência tal a cumplicidade que têm vindo a demonstrar em todos os momentos que partilham o seu talento e o oferecem a quem os vai ver.
Não será de todo indissociável a amizade longa e, aparentemente, genuína que têm vindo a construir regada e valorizada pela música e pelas canções, paixão que ambos partilham o que permite que cada coisa que façam juntos se torne num momento de celebrtação e de energia positiva.
Não tenho dúvidas nenhumas em dizer que, atualmente, estes são os dois músicos mais celebrados da música portuguesa e isso também contribui para, não só, continuarem mas também para fazerem cada vez melhor. A prova disso é esta maratona de concertos que iniciaram na passada quarta feira e que, entre Coliseu de Lisboa e do Porto, vai durar até final de Março.
Uma das maiores virtudes dos dois é a sua capacidade natural de transformar estórias e experiências do dia a dia em canções que emocionam e nos envolvem quase automaticamente. A outra é o facto de, apesar de todo este suceessso continuar a não se vislumbrar, em nenhum deles, qualquer tipo de indício de celebridade. Pelo contrário, conseguem sempre transformar a experiência num momento quase familiar como se fizéssemos parte do grupo de amigos estivéssemos na sala de jantar de álguém a ouvi-los tocar e contar estórias. Eu gostava.
Vou ter um enorme gosto de voltar a vê-los e a ouvi-los juntos, a ouviar a voz versátil, imprevisível e cheia do seu Alentejo do Zambujo e a pronúncia do norte salpicada de gotas de Rui Veloso e Carlos Tê de um Porto que já não é o sentido dos anos 90 do século 20 mas sim um Porto com auto estima, sofisticado, contemporâneo e orgulhoso por essas conquistas mas que continua, vaidosamente a trocar os "vês pelos bês".

"Por mais duro o serviço
Que a terra peça da gente
Eu não sei por que feitiço
Temos sempre novo alento"
Romaria das festas de Santa Eufémia - Miguel Aráujo e António Zambujo

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Todo o Carnaval tem seu fim

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Mas o samba, como a própria vida nunca acaba e se renova constantemente.
A Teresa Cristina é uma das grandes intérpretes do samba da atualidade. Tem uma voz incrível, mansa e suave e tem, uma capacidade especial de escolher repertório.
E mais uma vez acertou em cheio, mesmo sendo portelense de corpo e alma, resolveu homenagear um dos ícones da escola rival Estação Primeira. Preparou uma série de shows onde interpreta sambas do, unanimamente, reverenciado Cartola.
Em Janeiro deste ano, o registo do primeiro espetáculo realizado em Novembro passado no Theatro Net Rio foi lançado em cd e dvd e o resultado é altamente recomendável.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Mangueira é campeã

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É o 18º título da escola mais popular do Carnaval que, desde 2002, ou seja há 14 anos que não ganhava o título de campeã do Carnaval do Rio de Janeiro.
Foi o desfecho perfeito para a homenagem aos 50 anos de carreira da cantora baiana Maria Bethânia que mereceu um dos sambas mais bonitos dos últimos anos e um desfile lindo e emocionante com um enredo muito bem contado e uma evolução na avenida deslumbrante.
A vitória foi pela conseguida por uma simples décima o que só dá mais valor e mérito à verde e rosa.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Que maravilha!

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Sou um fã incondicional do António Zambujo e tam,bém sou um fã incondicional da música brasileira e de Noel Rosa. Não sou sou grande apreciador do Ney Matogrosso e do seu estilo mas este dueto encheu-me as medidas. Tudo está bem feito, a escolha da música que é uma das mais bonitas do Noel Rosa e que o Zambujo escolheu para ter no seu último trabalho, a interpretação dos dois, a guitarra que os acompanha e o ambiente que está e que vibra com este momento. Faltam mais coisas destas mas a verdade é que o António Zambujo tem feito muito para esta mistura da cultura portuguesa e brasileira que deveria ser, aparentemente, natural.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Chegou a hora não dá mais para segurar

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"Quem me chamou? Mangueira
chegou a hora, não dá mais pra segurar
Quem me chamou? chamou pra sambar
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá"

Tá quase! Terça feira de Carnaval de madrugada, provavelmente já com os primeiros raios de sol tocando a Marquês de Sapucaí, a Estação Primeira desfilará como última escola dos desfiles do grupo especial no Carnaval de 2016.
Desfilar com o sol a nascer é único e especial apesar de se perder o brilho e o encanto da iluminação que confere ao Carnaval o brilho especial e sedutor que a noite permite e potencia. Perde-se isso mas ganha-se uma emoção singular e uma sensação extraordinária de que se atravessou a noite inteira a viver esta energia e a prolongar a euforia até ao dia nascer o que, muitas vezes, é o que acontece, felizmente. É uma sensação que só duas escolas podem desfrutar em cada ano e, também por isso, deve-se aproveitar.
Nós estaremos por cá, combatendo o sono e o aliciamento do sofá, resistindo orgulhosamente para ver a Estação Primeira desde o primeiro minuto até ao último passista cruzar a linha de chegada e depois ver ainda as emoções ao rubro na praça da apoteose.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Todo o mês de Fevereiro Carnaval me chama

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É sempre assim, mesmo a 7.715,16 km de distância, com o enorme Atlântico a separar-me e com o frio do hemisfério norte a trazer-me para a realidade, é inevitável não me entusiasmar com o que vai passando no outo hemisfério nesta altura e não sentir uma enorme nostalgia pelos carnavais já passados no Rio e uma pesada frustação por não poder estar lá.
A ansiedade para ver os desfiles das escolas de samba vai progressivamente aumentando e as partilhas dos amigos que estão lá curtindo esta época ameniza ligeiramente o desencanto de estarmos longe. Infelizmente, não é ainda este ano que poderei mostrar toda a alegria contagiante do Carnaval carioca à C. mas a espera só aumentará o prazer do desfrute no dia que se concretizar.
Resta-nos a música e as duas maratonas de desfiles carnavalescos que já se vão tornando uma feliz tradição. É uma amenização dos sintomas de saudade mas saudades do futuro que ainda virá.