domingo, 31 de julho de 2011

Um dos grandes momentos da noite de sexta feira

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A versão do "Come Together" dos Beatles tocado pelo Jamie Cullum, pena não haver o momento de Cascais mas já fica uma ideia.
A música é mesmo eterna.

sábado, 30 de julho de 2011

Mágico!

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Energizante, estimulante, inspirador, encantador!
I'm all over it - Jamie Cullum

sexta-feira, 29 de julho de 2011

É o que me apetece mesmo, para esta noite

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Daqui a pouco em Cascais.

Don't stop the music - Jamie Cullum

Cê tem approach, malandro?

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Muito ninja!
Eu em cima do chão e debaixo do céu qualquer lugar pra mim tá bão!

"Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...

Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash...

Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...

Fica ligado no link
Que eu vou confessar my love
Depois do décimo drink
Só um bom e velho engov
Eu tirei o meu green card
E fui prá Miami Beach
Posso não ser pop-star
Mas já sou um noveau-riche...

Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...

Eu tenho sex-appeal
Saca só meu background
Veloz como Damon Hill
Tenaz como Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Quero jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite, drag queen...

Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat..."
Samba do approach - Zeca Baleiro e Zeca Pagodinho

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Iradíssimo!

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Simplesmente dimaiss. Estímulos para todos os sentidos.
Quem gostou, faz barulho aí!

Oba Rio - DJ MAM & Rodrigo Sha - Brazilian Lounge

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Agora que chegaram as noites quentes

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Adoro este samba e esta versão do Paulinho Moska é incrível. Gosto mesmo do Moska.

"Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei."
Retalhos de cetim - Paulinho Moska (música de autoria do fluminense Benito de Paula)

sábado, 23 de julho de 2011

Percebia-se que isto não ia acabar bem

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É mais uma grande perda, tanto que deixou em tão pouco tempo augurava que o seu talento ainda nos desse muito mais. Esta é uma das minhas favoritas.

Amália

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Se até o Google lhe fez uma homenagem no dia em que faria 91 anos, também eu deveria fazer uma humilde menção a uma senhora que aprendi a gostar e que hoje é uma presença constante na música que ouço. Este vídeo é incrívelmente bonito, é um ensaio onde a Amália Rodrigues está com um dos seus grandes parceiros de carreira, compositor de muitas das suas canções, Alain Oulman.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Chico" por Chico

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Saiu o novo disco do Chico Buarque, oito anos depois do seu último disco (acho). Ainda ouvi muito pouco mas acompanhei as notícias acerca da sua estratégia inovadora de lançamento. Um site com conteúdos exclusivos e inéditos para quem fez a pré-reserva e que culminou ontem com um concerto de 30 minutos, via internet, desde sua casa. Boa Chico.
Enquanto não exploro esta nova obra, fica aqui uma das minhas músicas preferidas tocada na sua última tournée para apresentar o disco "Carioca", "Futuros Amantes".

"Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você"
Futuros amantes - Chico Buarque

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Carta aberta ao mestre Wilson das Neves

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Meu querido Mestre Wilson das Neves,
Estou a escrever-lhe desde Portugal e espero que não leve a mal este meu atrevimento. Só ontem soube, deste lado do Atlântico, a feliz notícia de que o disco 'Pra gente fazer mais um samba' foi considerado o melhor disco de samba nos Prêmios da Música Brasileira. Foi uma grande felicidade conferir essa legitimidade oficial para algo que eu já sabia há muito tempo. Você merece mestre. Já tive o prazer de conversar com o senhor, duas vezes, depois de dois magníficos concertos da Orquestra Imperial aqui em Lisboa. E na última vez que conversámos na concerto do baile da República, em Outubro do ano passado, disse-lhe que já tinha o seu novo cd. Você me amavelmente me agradeceu e chamou o seu agente e lhe disse que eu deveria ser o primeiro comprador, que nem seus parentes tinham comprado ainda. Fico agora muito feliz de ter sido o primeiro de muitos a apreciar, mais uma vez o seu talento, mesmo que tenha sido primeiro em sentido figurado. Continue por muitos anos Mestre. J
"Pra gente fazer mais um samba
Precisa, meu bem, quase nada
Às vezes um vago desejo
De alguma paixão já passada
Às vezes um breve perfume
De alguém que passou na calçada
Às vezes um gosto de orvalho
Que cai na poeira da estrada

Às vezes a doce lembrança
De um nome na folha rasgada
Às vezes a mágoa sem jeito
Que tem toda a alma guardada
Às vezes somente a vontade
Que bate em meu peito calada
O resto já tem no meu peito
Saudade, violão, madrugada"
Pra gente fazer mais um samba - Wilson das Neves

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mais duas crónicas magníficas de Arnaldo Jabor no Estadão

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''A obra de arte tem de ser imperfeita''
07 de junho de 2011 | 0h 00
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
Outro dia, o Nelson Rodrigues baixou em mim. De vez em quando, eu o psicografo. É impressionante como escrevo rápido quando o espírito de Nelson me toma. Escrevo com a liberdade de não ser "eu". Talvez seja por isso que F. Pessoa inventou heterônimos para se sentir livre da cangalha do "eu".
Muitos jovens me perguntam: "Afinal, quem foi o Nelson?"
Não sabem direito. Ficou apenas a vaga lenda de "pornográfico" ou até de "fascista" por ter puxado o saco do ditador Médici (lembram?) para tirar seu filho da prisão. Não conseguiu, mas ganhou a pecha "de direita" por ter criticado futuros mensaleiros e pelegos, os "marxistas de galinheiro", como ele os chamava, pois intuiu claramente, na época, que a ideologia que "absolve e justifica os canalhas" era apenas o ópio dos intelectuais.
Eu mesmo sofri por causa dele. Em 1973, ousei filmar Toda Nudez Será Castigada e dei uma entrevista na Veja em que dizia que "fascismo é amplo: existe fascista de direita e de esquerda também". Pra quê? Os patrulheiros ideológicos mandaram um manifesto ao Jornal do Brasil, onde me esculhambavam indiretamente, dizendo que o sucesso imenso que o filme fazia "não era a missão política do cinema novo". Foi das grandes dores que senti, pois até amigos assinaram o maldito texto, que só não foi publicado porque, um dia antes, os generais tiraram o filme de cartaz, com soldados de metralhadora, levando as cópias dos cinemas porque, dizia o chefe da Censura: "Ele faz apologia do homossexualismo..."
Aí, meus "amigos" comunas desistiram do texto "para não dar razão ao inimigo principal", que era a ditadura. Eu e Nelson éramos "inimigos secundários", para usar a língua de Mao Tsé-tung. Isso é verdade e nunca contei aqui. Doeu, mas já passou.
Aí, o filme voltou a cartaz porque ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim; os generais ficaram com medo da repercussão internacional (imensa) e liberaram meu filme, baseado numa peça do "fascista pornô". Mas a importância de Nelson continua subestimada.
Hoje, a "pornopolítica" tomou conta de tudo e Nelson é que tem fama de "pornográfico" - logo quem: um moralista que corava diante de um palavrão. Nelson é muito mais. Filho do jornalismo policial, formado nas delegacias sórdidas, vendo cadáveres de negros plásticos, metido no cotidiano "marrom" do jornal do pai, Nelson flagrou verdades imortais que estavam ali, no meio da rua, na nossa cara, e que ninguém via.
Consideram-no o maior dramaturgo do País, sem dúvida, mas não o colocam no pódio da literatura culta, ao lado de gente como Guimarães Rosa, por exemplo, que o irritava muito: "Jabor, diga-me pelo amor de Deus, qual a profundidade da frase "Viver é muito perigoso"?" Ou: "A gente morre para provar que viveu...?" Nelson implicava com a pose do Rosa.
Uma vez, ele me disse ao telefone que o "problema da literatura nacional é que nenhum escritor sabe bater um escanteio". É luminoso.
Outra vez, ele falou: "Se Deus me perguntar se eu fiz alguma coisa que preste na vida, eu responderei a Deus: "Sim, Senhor, eu inventei o óbvio!""
Sua literatura nos ensina o óbvio e isto é muito profundo numa literatura eivada de engajamentos "corretos" ou de intenções formais rocambolescas. Gilberto Freyre sacou sua "superficialidade profunda", assim como André Maurois entendeu que a genialidade de Proust era justamente "a épica das irrelevâncias..." E isto é muito saudável, num país onde ninguém escreve um bilhete sem buscar a eternidade. Nelson é um escritor contemporâneo.
Até hoje, muita gente não entendeu que sua grandeza está justamente na sincronia com os detritos do cotidiano. A faxina que Nelson fez na prosa é semelhante à que João Cabral fez na poesia.
Nelson baniu as metáforas a pontapés "como ratazanas grávidas" e criou o que podemos chamar de antimetáforas feitas de banalidades condensadas. Suas comparações sempre nos remetem a um "mais concreto". Shakespeare tinha isso, Cervantes, também. E algumas crônicas de Nelson são superiores a muitas peças.
Suas frases famosas jamais aspiravam ao "sublime": "o torcedor rubro-negro sangra como um César apunhalado", "a mulher dava gargalhadas de bruxa de disco infantil", "em seu ódio ele dava arrancos de cachorro atropelado", "seu peito se encheu de heroísmo como anúncio de fortificante", "a bola seguia Didi com a fidelidade de uma cadelinha ao seu dono", "a virtude é bonita, mas exala um tédio homicida; não acredito em honestidade sem acidez, sem dieta e sem úlcera", "o sujeito vive roendo a própria solidão como uma rapadura", "somos uns Narcisos às avessas que cuspimos na própria imagem".
Ele me dava lições de arte e literatura: "Enquanto o Fluminense foi perfeito, não fez gol nenhum. A partir do momento em que o Fluminense deixou de ser tão elitista, tão Flaubert, os gols começaram a jorrar aos borbotões. E aí vem a grande verdade: "A obra-prima no futebol e na arte tem de ser imperfeita". Isso. Contemporâneo e minimalista, via, como Oswald, que a poesia está nos fatos, no vatapá no outro e na dança - "o que estraga a obra de arte é a unidade".
A lição política de Nelson é: o Brasil não se salvará com planos messiânicos ou ideias gerais de "epopeias de Cecil B. de Mille", sejam elas epopeias operárias ou epopeias neoliberais.
Nelson, sem cultura política nenhuma, profetizou que os atos "indutivos", as providências parciais eram muito mais importantes que generalidades utópicas e "dedutivas". O "óbvio ululante" é limpar a casa e cuidar do detalhe, do enxugamento do Estado, "chupando a carótida dos chefes das estatais como tangerinas" quando se mostrarem ladrões ou favorecendo correligionários, como vemos todo dia.
Nossa opinião pública está muito mais informada hoje, mas ainda é precária e desinformada. Como ele dizia: "Consciência social de brasileiro é medo da polícia". Até hoje.

A única vez que vi João Gilberto
14 de junho de 2011 | 0h 00
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
João Gilberto fez 80 anos na sexta-feira passada, mas eu só o vi pessoalmente uma vez. Foi 17 anos atrás, no ensaio de um show no Ibirapuera (acho que era aniversário de São Paulo). Eu tinha virado jornalista, depois que o Collor acabou com o cinema em 1991, e me mandaram fazer uma reportagem sobre a preparação do show. E lá fui eu, na noite fria do parque, esperar João Gilberto chegar, enquanto o palco era montado. Já contei isso, na época, mas "vale a pena ler de novo".
Vinte e três horas. Começa um boato de que João não virá para o ensaio nesta noite ventosa, angustiando tietes e organizadores que esperam ver/ouvir aquele "homem-suspense", com seu jeito eclesiástico, seu ar de professor de ética, que, aliás, sempre me provocou uma sensação de culpa: "Estarei errado, comparado ao rigor artístico de João?" De certa forma, todos estamos.
Aí, chega a terrível notícia: João não virá! Mas, mesmo assim, ninguém arreda o pé. João provoca uma espécie de fé nas pessoas, que o esperam ali, entre carpinteiros malhando o cenário e uivos das caixas de som. Espera-se esse homem com a fome de alguma revelação.
Eis que, à meia-noite em ponto, faz-se um grande silêncio no parque: João Gilberto materializa-se no palco! Surgiu do nada. Ao seu lado, o irmão Vavá e o amigo do peito Krikor Tcherkessian, armênio delirante que tem arranques de paixão com a música brasileira.
E aí, percebo que o ensaio e o show do dia seguinte são partes de um fio só, não interrompido. Ninguém fala mais; um carpinteiro sussurra ao diretor Fernando Faro: "Posso bater este prego?" "Pode..." As marteladas vêm aveludadas, tímidas, respeitosas e param. João lança a voz pela noite como os primeiros traços de um quadro numa tela negra. Sua música é a pura modulação do silêncio que se instalou. Ele começa Canta Brasil. Todos se imobilizam - Daniela Thomas, emocionada, pinta cores de Matisse no cenário; a equipe de Walter Salles Jr., que filma o evento, comunica-se por telepatia e as câmeras flutuam como "ETs" mudos. Eu olho João mais de perto e vejo que ele veste calças jeans, paletó marrom e tênis branco marca Pé de Atleta e vejo intrigado que seu irmão Vavá, calvo e ungido como um frade, também usa tênis Pé de Atleta. Sinto que ali estava um indício precioso para desvelar um pouco do seu cotidiano tão misterioso. Por que Pé de Atleta? Terão os irmãos comprado tênis brancos, em doce fraternidade do dia a dia? O tênis branco fazia João mais real.
Subitamente, ele se levanta e, pisando macio no tênis, mergulha na escuridão do parque, para ouvir o teste de som, do outro lado da praça, a mais de cem metros. Corro atrás, como bom repórter principiante.
E aí, começa o mágico momento do encontro: eu, trêmulo, no meio das folhagens do parque, descubro deslumbrado que ele me conhece: "Oh... Arnaldo... Arnaldo... vejo você na televisão..." Só minha mãe me chamava de Arnaldo e, agora, seu filho, mamãe, estava ao lado do mito. Os testes do som vinham do palco e João me pergunta: "Arnaldo... (ele parecia ter prazer em escandir as sílabas meio humorísticas de meu nome), Arnaldo, que você está achando do som?"
Eu arrisco: "Os graves estão reverberando e há um vazio..." João concorda, de estalo: "É isso! Tem um vazio... Falta qualquer coisa! Tens razão, Arnaldo; a frase tem início e fim, mas não tem meio! O som não tem meio. Ouve: "Essa mulata quando dança é luxo só" - a gente ouve "mulata e só"..."
João se vira para os técnicos: "Falta o meio do som..." O chefe arrisca uma explicação tecnopoética de que o vento esgarça o som e que, no dia seguinte, no calor dos corpos da praça cheia, o som ficará denso.
Súbito, João já está no microfone (a memória me vem por cortes bruscos) e começa a cantar Ronda, de Paulo Vanzolini, que vira um gemido clássico sobre a solidão absoluta e eis que surge Rita Lee no escuro da noite ("O que vou cantar não sei... quebrei o braço; foi o tombamento do Ibirapuera... ah ah...") e senta num canto do palco enquanto Krikor soluça em meu ouvido: "Ele é o Pelé da música... o mundo o ouve de joelhos!" Aí, chega o Caetano de um show no Anhangabaú e se junta discretamente a todos que ali se movem, ciciando, com passos camuflados. Tenho vontade de perguntar: "Há perigo?.." Há, sim, há o perigo de se quebrar a fina lâmina do silêncio, de desagradar a João.
Mas, ele está agora eufórico, cantando em falsete caricato o Dobrado de Amor a São Paulo, de Vinicius e Haroldo Tapajós, com o conjunto Quatro por Quatro. Depois, quando João canta Lua Cheia, todos já estão imóveis, como se o João fosse um passarinho que pudesse voar. Alguém me segreda: "Acho que o show já é só isso; amanhã ele nem vem..."
Mas, logo depois Caetano, meio tímido, passa Coração Vagabundo, que João repassa mais lento e mais baixo e Coração Vagabundo vira um réquiem e Rita Lee canta "cola teu rosto no meu rosto" e João emenda com Nada Além e o "além" soa como se João conhecesse o "país não descoberto" que vem depois da morte.
Enquanto isso, eu penso, aflito: "Perguntar o que, ao João?" Mas, só me ocorrem banalidades, toda ideia me parece rasteira, vulgar. Nervoso, decido perguntar algo que me revele mais segredos do cantor misterioso, algo "essencial", de que os tênis brancos Pé de Atleta talvez já fossem uma pista.
De repente, vejo que João está indo embora. Apavorado, corro atrás dele, sem saber o que lhe perguntar: música, vida pessoal, política? Paro ao seu lado: "E aí, João?" Ele sorri, esperando. Atrapalhado, me sai pela boca a tal "pergunta essencial": "E aí, João... ah... ah... para onde vai o Brasil?" Ele faz uma pausa, me olha fundo e diz: "Você sabe, Arnaaaaldo...." e some na noite.
João sabia o rumo do País e, bom sinal, não parecia preocupado.
Quando ele se foi, rompeu-se o silêncio, restaurou-se a realidade e alguém berrou aliviado: "Vamos comer num japonês!?"
Foi a única vez que estive com João Gilberto, em 80 anos.

Playlist de... Hugo Gonçalves

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Gosto do que ele escreve e agora percebi que ele tem muito bom gosto musical. Vale a pena ouvir a sua playlist que a TSF lhe proporcionou. Também "eu quero ser para ti o camisola 10, ter o Benfica todo aos meus pés". Ouvir aqui
Já agora recomendo também o seu blog: carrinho de choque, blog de um escritor que não gosta de conduzir

terça-feira, 12 de julho de 2011

"É fácil saber perder, difícil é saber ganhar"

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"Você sabe perder
Tem fé pra recomeçar
O difícil pra você
É saber ganhar
É saber ganhar

Se você perde
Na humildade se apresenta
E de novo você tenta
Sem vaidade e sem rancor

Mas quando ganha
Chega a me causar espanto
Pois seu ego infla tanto
Pensa que é superior

Põe sua cabeça no lugar
É fácil saber perder
Difícil é saber ganhar"
Saber ganhar - Aline Calixto

domingo, 10 de julho de 2011

Duas masterpieces!!

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A ver em 3D!! Não perder, Cars 2 e Kung Fu Panda 2. É impressionante a evolução da animação nos últimos anos.

sábado, 9 de julho de 2011

"Nobody said it was easy"

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O concerto dos Coldplay no Alive não foi épico e, provavelmente, esteve longe de cumprir as expectativas da maioria das pessoas. Esteve longe do concerto que fizeram no Atlântico há uns anos mas foi bom revê-los pois continuam a ser uma máquina no palco.
Esta é uma das minhas favorita, ficou como uma das músicas com um significado especial na minha vida e fica aqui como uma lembrança presente.

"Come up to meet you, tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are

I had to find you
Tell you I need you
Tell you I've set you apart

Tell me your secrets
And ask me your questions
Oh, let's go back to the start

Running in circles
Coming up tails
Heads on the science apart

Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard

Oh take me back to the start

I was just guessing
At numbers and figures
Pulling the puzzles apart

Questions of science
Science and progress
Do not speak as loud as my heart

Oh tell me you love me
Come back and haunt me
Oh and I rush to the start

Running in circles
Chasing our tails
Coming back as we are

Nobody said it was easy
Oh, it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard

I’m going back to the start"
The Scientist - Coldplay

Bela Céu

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Foi bonito, ontem. A paulista tem uma bela presença em palco, é simpática e a banda é muito boa e totalmente cúmplice. Fiquei com vontade de ver mais. Faltou a "Roda", imperdoável.

"Fiz minha casa no teu cangote
Não há neste mundo o que me bote
Pra sair daqui

Te pego sorrindo num pensamento
Faz graça de onde fiz meu achego, meu alento
E nem ligo
Como pode, no silêncio, tudo se explicar?!
Vagarosa, me espreguiço
E o que sinto, feito bocejo, vai pegar

Fiz minha casa no teu cangote
Não há neste mundo o que me bote
Pra sair daqui"
Cangote - Céu

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dueto quase perfeito

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Não conhecia esta Ana Costa e descobri que é mais um belo produto dessa fábrica fantástica da música carioca que é a Lapa, mais propriamente do bar Carioca da Gema, essa instituição. Infelizmente o seu último trabalho do qual faz parte esta música, não está no itunes, o que já me deixou relativamente ansioso.

"Eis que mais uma vez o amor
Mexe com o meu coração
Onde ainda está guardada a dor
Da última desilusão

Chega feita absolvição
Que nem indulto de um Rei
Que me liberta na canção
As rimas de amor e flor que eu sei

Como é bom viver esse momento
Onde tudo é motivo pra sonhar
Um beijo, um abraço, um olhar...
Um chopp, um bom papo e o luar
são coisa simples que a paixão vem pra valorizar"
Coisas Simples - Ana Costa e Martinho da Vila

Walk!!

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Foo Fighters. Grande música.

sábado, 2 de julho de 2011

América do Norte II

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Reunião de notáveis nesta música do Notorious B.I.G., Puff Diddy, Usher, Nelly e Pharrel. Fizzle, fizzle!

América do Norte

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Não sei porquê mas acho-lhe piada. Carrie Underwood, nice surname Carrie. "Before he cheats".