sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Encontro de dois génios por causa de Sangemil

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Sangemil é uma terra nos arrabaldes da Maia, colada à Giesta, nome do terceiro disco a solo do Miguel Araújo e onde ficava a casa da sua avó. Nunca esta terra teve tanto destaque como agora até porque existe pelo menos uma outra Sangemil em Portugal um pouco mais famosa porque até tem umas termas com o mesmo nome.
A Sangemil da Maia, provavelmente, não tem sequer dimensão para ser aldeia, será, no limite, um lugar, designação convencional para se denominar uma aglomeração de casas que não chegam à dimensão geográfica mínima para serem considerados aldeia, pleo menos é assim no norte de Portugal.
Sangemil era o local onde o Miguel começou a ter o seu primeiro contacto com a música graças aos seus tios carolas que mantinham um grupo musical e interpretavam os grandes sucessos anglo-saxónicos da sua juventude.
O Rui Veloso é um dos músicos e compositores mais marcantes da música portuguesa, de uma geração mais próxima à dos tios do Miguel e com grande influências também na música que revolucionou o panorama musical a partir dos anos 60.
O Miguel e o Rui são dois virtuosos, com influências muito próximas, com as mesmas origens geográficas e até sociais e que, facto mais surpreendente, conviveram de umas forma próxima desde muito cedo na infância e adolescência do Miguel.
Por estas razões todas era inevitável que um dia houvesse este encontro formal dos dois que simboliza tantas aspetos comuns nas suas vidas e que demonstrasse o que certamente já aconteceu inúmeras vezes em encontros informais que nós, simples mortais , não tivemos a sorte de assistir. O tema do Miguel deste seu último trabalho e que tem o nome desse mítico lugar, Sangemil, é, não só, um pedaço da história do Miguel mas é também a música perfeita para assinalar este encontro. Encontro feliz e que representa muito para a música portuguesa.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Revelação

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Esta música, recentemente, adquiriu um papel muito especial na minha vida. Confesso que já conhecia a versão original, do Grupo Revelação, mas passou meio despercebida durante anos, no entanto, no recente concerto do Caetano Veloso e filhos, esta canção faz parte do alinhamento e é cantada pelo Zeca Veloso. E aí a interpretação delicada de uma samba pagode pelo clã Veloso, conferiu um encanto incotrolável não só a esta versão mas também à versão original. Foi claramente um momento de estupefação, tipo: "mas como é que eu não ouvia esta música todos os dias?!
É um tipico samba de estímulo, de incitação, com uma mensagem simples mas que nos joga para cima, nos dá uma injeção automática de ânimo e esperança.
Neste últimos tempos tem aparecido à minha volta, no meu círculo mais próximo de amigos e de conhecidos vários casos delicados de doença e todos eles implicam uma luta imediata e constante, um enfrentamento direto do problema e uma superação permanente dos momentos menos bons, quer de quem tem o problema mas também dos entes mais queridos e próximos que estão com eles nesta luta. Ontem, tivemos mais uma notícia daquelas que não queremos receber e mais uma vez lembrei-me desta canção que fala de guerreiros que é aquilo que todos têm de ser neste momento,
"Guerreiro não foge da luta e não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer"

Para a doce P., para o grande M., para a imparável M., para o tio C. e para todos os que os rodeiam e estão apoiar de forma mais próxima, todos eles guerreiros, cada um à sua maneira, um desejo carregado de otimismo e solidariedade.

"Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar"
Tá escrito - Grupo Revelação



quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

De novo

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O Samuel Úria é uma das grandes figuras da música de língua portuguesa dos nosso tempos, músico, compositor, escritor de letras e ainda uma voz singular que lhe dá uma consistência e uma posição única e difícil de igualar, pelo menos, aqui em Portugal.
Há uns tempos recentes lançou um EP, "Marcha atroz" do qual faz parte esta deliciosa e encantadora balada, "Vem de novo". Bela música.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Nova Lisboa é um Mundu Nôbu

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"Mundu Nôbu" é o título do novo trabalho do cantor português Claudino de Jesus Borges Pereira nascido em Quarteira. Parece que não faz sentido nenhum, certo? Mas a verdade é que nesta frase está muita desta nova nova miscigenação que enriquece tanto a cultura de língua portuguesa e que permite um poder de atração nunca antes visto que ultrapassa finalmente as fronteira da língua e do segundo plano reservado à música étnica. Étnica ou, comumente, intitulada como world música que, apesar de mundial, nunca chega ao mainstream das massas e, consequentemente, nunca ganhou escala.
Ora o Claudino é mais conhecido por Dino D'Santiago e, apesar de natural de Quarteira, os seus laços umbilicais estão em Cabo Verde e na sua cultura. Este disco dele, o segundo LP, não só vem confirmar o seu talento mas também alavancar esta emancipação generalizada da cultura de língua portuguesa, para além do contributo brasileiro que foi até hoje e muito legitimamente o embaixador natural desta cultura.
 O nome do disco e este tema "Nova Lisboa" demonstra tudo o que já foi referido relativo à transformação dinâmica e muito positiva que estamos a assistir à nossa cultura em geral e a Portugal em particular.
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

A surpresa Carolina

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Não tinha noção, até há bem pouco tempo da qualidade da Carolina Deslandes, qualidade musical e também como compositora. Nõ achava muita piada à música mais escutada e mais associada a ela, a "Para a vida toda", tenho alguma simpatia pela "Avião de papel" principalemnete pela participação do Rui Veloso mas ficava por aí. Foi preciso uma emissão da Rádio Comercial onde ela e o Zambujo improvisaram dois temas, para me fazer ir investigar mais e ficar muito srpreendido com o seu disco de estreia. O dueto com o Zambujo é maravilhoso, chama-se "Coisa mais bonita" e é perfeito para os dois. O tema "A miúda gosta" é delicioso, é uma bossa inocente sem pretensões, com um poema encantador e descobri que a Carolina a fez para o Zambujo. Era um tema mais que perfeito para ele, é incrível como é a cara dele em termos musicais e no próprio poema como ele admitiu mas ele não gravou a música e a versão da Carolina é linda. mais um belo contributo para a riqueza da música de língua portuguesa.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Do avesso

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"Do avesso" é o nome do novo trabalho do António Zambujo, depois de quatro anos muito ativos, volta a lançar um disco de originais e a música "Sem palavras" é a primeira amostra já disponível e vem confirmar o progressivo afastamento do zambas ao fado tradicional - nesta música em especial nem aparece a guitarra portuguesa que tem sido sua fiel companheira mesmo nos temas menos "fadísticos" do seu repertório. É um tema que me aprece estar mais perto do pop jazz melódico do Jamie Cullum (que curiosamente também tem novidades recentes), por exemplo, do que das raízes fadista e tradicionais que estiveram sempre presentes nos seus discos anteriores e, também por isso, deixa no ar muita curiosidade para a revelação do disco no seu todo que está previsto para o próximo dia 23 de Novembro. Entretanto, o Coliseu do Porto está já marcado para o próximo dia 23 de Fevereiro para o primeiro concerto de revelação deste novo trabalho.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A Márcia volta com "Vai e vem"

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Linda e grande música, Márcia e António Zambujo, dois dos diversos belos exemplos da vitalidade atual da música portuguesa. O dueto "Vai e vem" faz parte do novo disco com o mesmo nome e este vídeo tem apenas a Márcia a interpretá-la mas o Zambas é fundamental na versão original. A Márcia tem uma capacidade de fazer coisas encantadoras e envolventes e este novo disco parece uma doce confirmação desse facto. E já são 4.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O Seu Narciso do Jobi

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Passei várias noites jogando conversa fora com o Sr. Narciso o Sr. Jobi, um homem encantador que tinha saudades permanentes da terrinha mas que amava profundamente o seu Rio de Janeiro. Quando ouvia falar português de Portugal no seu boteco, juntava-se logo à conversa e mostrando o seu orgulho em ser português. Infelizmente, deixou-nos esta semana. Não costumo fazer estas coisas nas redes sociais mas o Sr. Narciso é um dos muitos motivos por eu amar tanto o Rio e sei que vai ser muito estranho é triste voltar ao Jobi e saber que não o vou cumprimentar. Valeu Seu Narciso!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Verão a sul

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Está quase. Com muito sal e muita música como esta do Orlando Santos, grande voz do soul que está a preparar o seu segundo trabalho. Enquanto não aparece nunca é demais ouvir este maravilhoso "For real".

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Tom, Zeca, Moreno, Caetano

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Foi maravilhoso. É verdade que eu sou suspeito, já vi muitas vezes o Caetano Veloso ao vivo, em vários registos e com diferentes estados de espiríto, quer eu, quer ele e sempre amei os seus concertos, nem sempre pelas mesmas razões mas nunca saí fustrado de nenhum, pelo contrário, sempre saí encantado.
Ontem, ia com muito poucas expetativas, o registo era único e recente, Caetano e os seus 3 filhos juntos em palco e sem banda de suporte, interpretando temas, na sua maioria, do progenitor e promotor da ideia mas também algumas criações dos filhos. Moreno jáconheço há muito e conheço bem, o seu trabalho, inclusivamente, as colaborações que já executou com o pai. Dois outros conheço basicamente o que o disco da tournée mostra. E é o disco que já escutei algumas vezes, que me deixou tão de pé atrás, achei um disco competente mas meio sem sal. Um disco que traz um novo alinhamento de canções do Caetano, talvez com músicas que sejam mais especiais para os seus filhos e a única novidade são os temas dos filhos, coisas diferentes mas boas é um facto mas nada mais do que isso. Estou a ser redutor na análise, mesmo assim, reconheço, o alinhamento de temas do Caetano não é um tema irrelevante pois a incrível dimensão do seu repertório permite que ele possa fazer uma tournée por ano sempre diferente da anterior e, o facto do Caetano co-interpretar alguns dos temas dos seus filhos também é facto importante pois, por mais qualidade que os rebentos tenham, nenhum tem uma voz como a do pai e, sempre que ele coloca a sua voz numa música, sem desprimor para ninguém, a verdade é que essa música ganha uma outra dimensão e ganha, automatica intrinsecamente, um upgrade na qualidade.
Mas o disco, apesar de ser um registo fiel do concerto, é unidimensional, não consegue transmitir a dimensão emocional. Não sei como têm sido os concertos nas outras cidades e sei que Caetano Veloso no Coliseu dos Recreios é sempre um marco especial mas ontem foi ainda mais especial :). A energia que pairava no ar do Coliseu era de uma noite singular, talvez o calor da primeira noite de verão do ano tenha também inflamado mais a atmosfera mas o facto era incontornável, a noite ia ser, no mínimo, fantástica.
Depois foi encantador perceber a cumplicidade dos irmãos entre eles e com o seu pai e foi maravilhoso perceber a ansiedade que o mais maduro e experiente membro do clã denotava por estar em palco com os seus filhos, esse Caetano humano, protetor, nervoso e, por vezes até receoso, foi algo que nunca tinha visto e estimulou a uma ainda maior cumplicidade e comunhão do público com eles.
Previsto no alinhamento está um tema maravilhoso do grupo de Pagode, Grupo Revelação, intitulado "Tá escrito" e que encerra a atuação antes dos encores. No disco é interpretada pelo Zeca mas ontem foi pelo Moreno. É a única música que não é de  autoria do clã mas é um excelente hino para a despedida. No nosso caso, tivemos ainda a sorte de, nos encores, ouvir Moreno a cantar Amália Rodrigues, interpretando a marcha lisboeta "Noite de Sto. António" e Caetano a cantar "Amar pelos dois" do Salvador Sobral, gentilezas que contribuiram para que a noite especial se tornasse verdadeiramente inesquecível.
Moral da estória, nunca se recusa um concerto de Caetano e nunca se vai com baixas expetativas. Obrigado aos quatro por me proporcionarem uma noite tão extraordinária.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Live in the moment

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1 de agosto, primeiro dia verdadeiramente de verão no ano de 2018, Portugal. The Man sugerem "Live in the moment" e eu não vejo pior local do que o gabinete do escritório, para estar num dia destes. É só um desabafo.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Coisas boas de 2018, até agora

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Com a melancolia própria de um verão com crise de identidade, algumas coisas boas que sairam este ano e todas elas carregadas de soturnidade, ideais para agudizar a frustante nostalgia de uma dia tórrido. Mas o fim de semana está aí e com sinais positivos de cheiros e sabores quentes.

"Seven falls", tema do álbum de estreia a solo da cantora e compositora norte-americana Laura Veirs, "Just dumb enough to try", canção mais bonita do quarto trabalho do, também norte americano Father John Misty,  "Crush" é o novo single dos texanos Cigarettes After Sex, o canadiano Patrick Watson também tem um single novo e chama-se "Melody noir". No mesmo estilo, Ray LaMontagne lançou há pouco "Such a simple thing" e, finalmente e para acabar, mais um americano, cantor e compositor, Ryan Adams e o doce "Baby I love you".











sexta-feira, 13 de julho de 2018

Grooveria Soul

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Sexta feira 13 dá nisto, dia para escutar monstros do soul do país irmão, Jorge Ben Jor, "O homem da gravata florida", Wilson Simonal, Mustang cor de sangue", Bebeto, "Mr. Brown", Zé Roberto "Lotus 72 D", Toni Tornado "Me libertei", e o eterno monstro Tim Maia, "Idade". Deve ter sido uma época bem divertida com estes malucos a criar e a atuar. A música soul americana a ganhar tropicalismo.











quarta-feira, 11 de julho de 2018

"Há 60 anos, o samba ganhava uma 'bossa nova'"

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Este é o título da crónica do jornalista Gabriel Saboia para assinalar o 60º aniversário do nascimento de um novo estilo musical na música popular brasileira, uma nova bossa. De facto, esta nova abordagem à música não nasceu isolada mas  foi sim uma evolução nos estilos musicais já existente no panorama vasto e risxco da música que se fazia já no Brasil e ainda com influências assumidas e latentes da música americana e do jazz.
Em 1963, o crítico José Ramos Tinhorão dizia, "Filha de aventuras secretas de apartamento com a música norte-americana - que é inegavelmente a sua mãe - a bossa nova vive até hoje o mesmo drama de tantas crianças de Copacabana: não sabe que é o pai", conforme refere uma crónica que também asssinala a data na Folha de São Paulo.
A data que oficialmente assinala o nascimento da bossa nova é o dia de lançamento do disco "Chega de Saudade" de João Gilberto e que posteriormente foi considerado o marco mais representativo para assinalar o nascimento deste movimento cultural que, por ter nascido fruto da colaboração e partilha espontânea e desiteressada de um vasto número de artistas, compositores e poetas, não teve um nascimento oficial mas, em oposição, uma génese natural, orgânica e florescente fruto do ambiente que o boêmio Rio de Janeiro da altura proporcionou.
A música que dá nome ao disco é uma criação de António Carlos Jobim e do poeta Vinícius de Moraes e a interpretação e o acompanhamento ao violão de João Gilberto, condensa em si uma grande parte da essência desta nova música e muito se deve a estes três a consolidação e a internacionalização até deste estilo, sem desprimor para todos os outros que contribuiram e que com legitimidade também deve ser considerados protagonistas da criação. Sem a voz, os acordes e o dedilhar do violão único de João Gilberto, a cultura musical ao mesmo tempo eclética e erudita de Tom Jobim e a boêmia malanda aliada a uma fé inabalável e ingénua no amor do poetinha seria impossível que este estilo músical reunisse tantas músicas tão cheias de ternura e afetos, com uma simplicidade só digna de génios. Uma música tão incrivelmente intemporal e que nos transporta tão rapidamente para o maravilhoso Rio de Janeiro.


Crónica Globo
Crónica Folha de São Paulo

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Mariana Secca aka Maro

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Para quem não conhece, devia conhecer, a Mariana Secca é uma excelente revelação da música de língua portuguesa. E escolhi este vídeo pois, no início tem uma breve apresentação de quem esta artista que dá pelo nome de Maro, no meio artístico.
É uma nova voz e até um novo som talvez inspirado no indie folk tão em voga na américa do norte, nos últimos anos.
Cantautora , musica, artista muito precoce, começou a tocar piano aos 4 anos, a compor aos 12 e aos 17 resolveu ir estudar para os Estados Unidos para a Berklee College of Music, escola onde estudaram diversos músicos com notoriedade mundial, nomeadamente o guitarrista Steve Vai e John Mayer.
Durante o ano de 2018 tem vindo a lançar 3 discos como estreia, algo bastante incomum mas que mostra o trabalho acumulado até ao seu lançamento e que, segundo ela, conta o seu crescimento na música até aos seus atuais 23 anos. Volume 1, 2 e 3 são os nomes dos três trabalhos e este belo "Páro quando oiço o teu nome" faz parte do 2º disco.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Yellow Ledbetter

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Este é o título da música que mais gosto dos Pearl Jam, banda que me causa sempe diferentes emoções e até reações físicas. É a primeira banda que coloco a tocar no carro sempre que tenho um carro novo, não sei porquê mas tornou-se ujma tradição desde há 18 anos, nos idos anos 2000 quando coloquei o recente disco ao vivo gravado no Estádio do Restelo em Lisboa.
Tenho uma misto de emoções sempre que recordo a única vez que os vi ao vivo, no então denominado Pavilhão Atlântico, em 2006. Foi um concerto incrível, com uma energia vibrante e única. Noite em cheio, mesmo! Infelizmente, na manhã do dia seguinte recebi uma das notícias mais tristes da minha vida, o meu cunhado e grande amigo Z. faleceu num acidente estúpido e macabro a caminho do trabalho.
Nunca mais tive interesse em voltar a ver Pearl Jam e não sei sequer se, nessa noite, eles tocaram esta música. No entanto, desde esse dia, cada vez que a oiço, é um momento de recordação dessa pessoa única. Há outros motivos e outras músicas que me recordam o Z., especialmente o sobrinho que me proporcionou mas esta música tornou-se especial por este infeliz acaso mesmo antes de me ter apercebido da sua letra.
Se tudo correr como o previsto vou voltar a ver Pearl Jam na próxima semana e vou-me recordar do Z.

"Ah yeah, can you see them out on the porch? Yeah, but they don't wave.
I see them round the front way. Yeah.
And I know, and I know I don't want to stay.
Make me cry..."
Yellow ledbetter - Pearl Jam

terça-feira, 3 de julho de 2018

Simplesmente Simone

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A cantora Simone Bittencourt de Oliveira ou, simplesmente, Simone como é conhecida, foi uma das minhas primeiras paixões musicais e uma das grandes influências que, de uma forma profunda e duradoura, formou o meu gosto musical para a vida.
A sua voz incrível e a sua interpretação única do que cantava faziam porprocionavam uma fórmula única e distintiva que lhe conferiu um lugar de destaque no universo das intérpretes femininas da mpb, apesar da musculada concorrência e da diversidade de vozes femininas de elevada qualidade que estavam no auge quando ela surgiu, nomeadamente, Gal Costa, Elis Regina, Maria Bethânia e Clara Nunes e sem colocar aqui a anterior geração surgida do samba canção e que ganhou consistência com o surgimento da bossa nova.
Não foi apenas a sua fórmula que me seduziu, o que cantava e continua a cantar também foi relevante, a Simone é uma intérprete que não compõe as músicas que canta e o seu cancioneiro é vasto e diversificado. Apesar de ser, reconhecidamente uma cantora de música romântica, a sua carreira demonstra um reportório muito mais vasto e eclético, samba, música popular, música de intervenção até, são estilos que, reconhecidamente, lhe são associados.
E esse facto foi também a minha sorte, as cassetes que gravava dos vinis de uma tia mais velha de um amigo da escola, colega desde a primária, fizeram-me descobrir Gonzaguinha, Milton Nascimento, Ivan Lins, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Lupicínio Rodrigues, Pixinguinha e tantos outros, através da sua forma de interpretar estes grandes astros da mpb.
É a Simone que me apresenta também a lógica dos samba enredos pois, numa fase da sua carreira, cada disco continha pelo menos um samba emblemático.
Há inúmeras músicas que fazem parte de momentos determinantes da minha vida mas há uma que já não ouvia há muito tempo e que ouvi por acaso hoje que se chama "Raios de luz".
É um tema enternecedor e com um poema deliciosa pela simplicidade que contém. E lembro-me também que no disco onde tenho essa música, uma coletânea de sucessos chamada "Sou eu" a seguir a este tema surge "Carinhoso" a maravilhosa música do Pixinguinha que é quase um hino não oficial do Brasil. Música que eu sempre amei e que ganhou uma importância especial e única na minha vida recente pois foi a música que nos acompanhou quando casámos.
Sempre achei que uma não podia viver sem outra apesar de perceber depois que esta sequência era apenas um feliz acaso. No entanto felizes acasos destes merecem tornar-se inesquecíveis.





"Você chegou e iluminou o meu olhar
Teus olhos nus, raios de luz no azul do mar
Meu coração, que sempre quis acreditar
Bateu feliz, foi só você chegar

Sei que a paixão apaga o chão, rareia o ar
Ser e não ser, negar, querer, fugir, ficar

Mas não fui eu quem quis assim
Aconteceu você pra mim
E eu não vou negar o que o acaso quis pra nós
A chama desse amor me faz
Sorrir cantar, te quero mais
Te chamo só pra repetir "te amo"

Mas não fui eu quem quis assim
Aconteceu você pra mim
E eu não vou negar o que o acaso quis pra nós
A chama desse amor me faz
Sorrir cantar, te quero mais
Te chamo só pra repetir "te amo""
Raios de luz - Simone

sexta-feira, 22 de junho de 2018

"Bem que se quis...

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Depois de tudo ainda ser feliz!"

Faz hoje dois anos que Portugal empatou com a Hungria no Euro 2016 e, afortunadamente conseguiu uma apuramento milagroso para os oitavos de final mas, também nesse dia, foi o dia em que finalmente nos casámos. Finalemnte porque já partilhamos a nossa vioda desde 2011 e porque já não era sem tempo.
Foi um dia muito feliz, passado com os nossos queridops amigos que testemunharam e abençoaram tão importante momento. Foi dia de samba e folia e muita dança e cantoria. Foi um dia para nos recordarmos sempre e eternamente e para agarrarmos a ele sempre que enfrentemos uma tormenta. Lembro-me de ouvir um dia um conselho sábio para os momentos menos bons, quando houvesse dúvidas que nos lembrássemos sempre de porque é que nos apaixonámos, Tenho seguido sempre esse conselho e adicionei-lhe também mais um incentivo, a lembrança de todos os momentos felizes que já passámos e dos maiores foi há dois anos.
Como diz o grande Nelson Motta na voz da Marisa Monte, o importante é continuar a querer ser feliz e eu continuo a sê-lo ao teu lado C. E isso só é possível porque continuo a amar-te.



"Amar alguém
Amar é como o prazer de conseguir estar sozinho - mas melhor. Amar é o prazer de descobrir continuamente que há alguém com quem se quer passar o tempo todo, incluindo o tempo que se quer passar juntos e o tempo que se quer passar sozinho.

Amar é um casamento de solidões que, gozando o prazer da juntidão, mesmo assim não prescinde dos prazeres de duas solidões juntas, estejam momentaneamente separadas ou reunidas.

Amar alguém é uma coisa egoísta que só nos faz bem. Mas só se a pessoa amada nos contra-ama também. Ser amado alivia muito a loucura de amar e de ser obrigatoriamente infeliz por causa disso.

Amar e ser amado é a melhor sorte que se pode ter. Não são milagres que aconteçam por acaso. É preciso trabalhar com leviandade - por muito cheio de amor que o coração esteja - para que esses milagres, facílimos, comecem a habituar-se a acontecer regularmente.

Amar alguém é um alívio: é poder deixar de pensar que cada um de nós é marginalmente mais importante do que qualquer outra pessoa que nasceu nesta vida e neste planeta.

Amar alguém é um baluarte contra o mundo, um salvo-conduto, uma casa aonde não só se pode regressar como ficar fechado dentro dela, sem precisar de sair.

Amar alguém é a única, verdadeira distracção. Os que não amam - muitos porque têm medo de se entregarem - chamam obsessão ao amor sem saber que o amor é o grande apagador de insignificâncias e a única maneira de fazer coincidir a alma e a atenção em duas vidas."
Miguel Esteves Cardoso - Jornal Público



quinta-feira, 21 de junho de 2018

É verão

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Apesar da chegada tímida com chuva, o calor e a humidade no ar confirmam que o verão chegou ao hemisfério norte e a Lisboa. Para o celebrar, algumas novidades recentes na diáspora lusófona, novos trabalhos da angolana Aline Frazão, do Salvador Sobral e dos cariocas Baltazar e ainda uma descoberta de nome Janeiro. Músico e compositor português de Coimbra e que lança o seu primeiro álbum depois de algumas participações. Quatro belas provas da vivacidade e energia da música em língua portuguesa e ótimos temas para ouvir a regressar da praia.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Rio de Janeiro, gosto de você!

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Feliz inciativa da organização do Rock In Rio e deste grupo de músicos, uma verdadeira nata da música popular brasileira, que se juntaram para, simultaneamente, homenagearem a cidade maravilhosa e iniciar um movimento que pretende defender e valorizar essa cidade que merece todas as homenagens, amparos, protecções e valorizações. A música escolhida chama-se "Valsa da cidade" e é ela própria uma declaração de amor explícita a essa cidade que, também eu, tanto amo. Bonito aconchego para essa cidade que continua a ser maltratada e agredida pelos seus próprios habitantes, na maioria dos casos.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Miscigenação musical

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Mishlawi é um artista de hip hop natural dos Estados Unidos da América mas que cresceu em Portugal. Foi descoberto pelo Richie Campbell que, apesar de não parecer, é um músico e intérprete português muito influencaido pelas sonoridades jamaicanas e pelo R&B. O Richie foi um dos primeiros fenómenos do YouTube em Portugal e teve uma ascensão meteórica desde 2010. Este "All night" é uma colaboração entre os dois e é ninja!

terça-feira, 12 de junho de 2018

Samba segundo Arnaldo

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Novo disco de Arnaldo Antunes e a primeira amostra é logo uma homenagem doce e sincera ao belo samba.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Hoje é um bom dia

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Hoje é um bom dia para falar do lançamento do disco que documenta os 28 concertos que o António Zambujo e o Miguel Araújo realizaram nos coliseus do Porto e Lisboa em 2016. Tenho de referir que já não era sem tempo, a espera já se tinha tornado em desalento e até algum receio de que nunca chegassem a editar este momento tão especial e histórico para a música portuguesa. Finalmente saiu e está aí para todos desfrutarmos, para quem foi, recordar a experiência que teve no dia em que assistiu e, para malucos como eu, recordar os três concertos que assisti, dois deles, em dias consecutivos. Tenho de referir de forma incisiva que valeu mesmo a pena.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Silva e Anitta

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Saiu na passada sexta feira, dia 25 de maio, o novo trabalho de Silva. É o seu terceiro disco de originais e chama-se "Brasileiro" e mantém o registo que lhe deu visibilidade em 2012, misturando mpb com samples eletrónicos e melodias com uma certa atmosfera lounge muito característica da música eletrónica anglo saxónica. Mesmo assim, este trabalho tentar aproximar-se mais dos ritmos e sonoridades da música brasileira. Isso está expresso no nome do próprio disco e também neste tema chamado, "Fica tudo bem", em que participa a funkeira Anitta.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

A primeira dança do Tiago

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Aí está o primeiro tema do trabalho de estreia do Tiago Nacarato. Não é em brasileiro, é tema que faz lembrar Miguel Araújo e Zambujo e, para primeira amostra, acertou em cheio. Vamos esperar pelo resto do álbum. Mais um novo e feliz razão para a música portuguesa gostar dela própria. Sejas muito bem vindo Tiago e que seja o início de uma carreira cheia de sucessos e alegrias.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Corporativos há 20 anos

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Os Thievery Corporation acabaram de lançar o seu mais recente álbum, "Treasures from the temple", é o décimo trabalho e o segundo num espaço de um ano. Continuam a manter uma consistência invejável e a trazer músicas memoráveis como é o caso do tema "Voyage libre" que nos remete para clássicos emblemáticos como "Le monde" e "Morror conspiracy" do disco com o mesmo nome, o segundo e, talvez, aquele que teve mais sucesso e que lhes garantiu a popularidade e a notoriedade para lá dos Estados Unidos. Os finais dos anos 90 e o início deste século foi um momento muito especial e marcante para a música eletrónica. é o primeiro grande boom em DJ's e produtores saem do anonimato e do backstage e tornam-se protagonistas que vinculam as suas criações. Foi um emblemático pela fusão de estilos musicais que habitualmente estavam em polos opostos e a recuperação de alguns ritmos e clássicos da classificada World Music, nomeadamente a música francesa, brasileira e cubana. A verdade é que tão depressa como se instalou, também rapidamente desapareceu, ficando alguns resistentes que sobreviveram a esse ocaso repentino. Os Thievery Corporation representaram, na época, o que de mais qualidade se apresentava dentro deste estilo e é com inteiro mérito e óbvia legitimidade que conseguiram manter-se salientes passados uns 15 anos desde que este eletrónico tranquilo passou a ouvir-se apenas nos elevadores de edifícios públicos.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

"Muitas metades existem e acho que não são só duas"

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Novo tema do cantor e compositor português Luiz Caracol que é, supostamente, a primeira amostra do suposto terceiro trabalho a solo. O Luiz já nos habituou em todos os momentos que lança novos trabalhos, lançá.los com um tema muito forte e este, apesar de se chamar "Metade", é mais um completo bom exemplo desse predicado. mais um tema delicioso com um poema simples como todas as coisas bonitas no mundo, subtil e alegra e uma melodia envolvente e contagiante.
Muito orgulho erm conhecê-lo pessoalmente e ter acompanhado presencialmente o seu trajeto durante muitos anos.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Jah-Van

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Este é o nome próprio de um disco coletivo recentíssimo que pretende levar a obra de Djavan para os ritmos musicais da Jamaica, "Jah-Van, Djavan goes Jamaica".

Um dos primeiros destaques é a linda balada, editasda há 22 anos, "Nem um dia" e que agora ganha o ritmos reggae e a voz ska do paraibano mais jamaicano de sempre... Chico César!
A outra amostra deste trabalho já disponível é outro grande clássico do universo djavaniano, "Meu bem querer", tema interpretado por Seu Jorge e pelo rapper Black Alien.

É incrível a riqueza que se encontra no trabalho de Djavan e que é ainda mais potenciada pela qualidade da produção e do talento de quem se envolveu com este projeto.



terça-feira, 20 de março de 2018

Encontro carioca

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Luiza Possi e João Sabiá são os dois naturais do Rio de Janeiro, a Luiza já nasceu no meio artístico pois é filha da, também cantora, Zizi Possi e o João começou muito cedo a frequentar este meio, concorreu a um prigrama de talento, participou em algumas mini-séries e novelas até se fixar na música.
Praticamente da mesma idade, Luiza é mais nova 3 anos, estão a encontrar a maturidade nas suas carreiras, um pouco ao mesmo tempo e, por causa disso ou não, encontraram-se para um doce momento musical de nome, "Me responda".

segunda-feira, 12 de março de 2018

"Mi sem bo amor"

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A Nancy Vieira tem uma voz incrível, doce, quente, melodiosa, sedutora tal como é o arquipélago tropical que a viu nascer, Cabo Verde. É uma legitima e fantástica embaixadora da envolvente música tradicional caboverdiana mas, apesar disso, tem evoluído na sua carreira sempre num plano mais discreto que outras intérpretes.
Tem disco novo, chamado "Manhã florida" e tem, pelo menos, uma música que já me agarrou, uma morna maravilhosa chamada "Mi sem bo amor", que em criolo significa, eu sem o seu amor.
A música tradicional caboverdiana, por incrível que pareça é ainda uma música desconhecida para a maioria das pessoas e tem sofrido, recentemente, com a popularidade doutros estilos africanos, nomeadamente, as kizombas e afins, compelindo os menos atentos a rotular da mesma forma todos estes estilos numa ampla classificação de nome, música africana. A música africana é bastante rica e diversificada para se resumir a um rótulo tão redutor.
Para mim, o mundo seria muito mais cincento e pobre sem a diversidade da música africana e sem uma bela morna para nos emocionar.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Felicidade agora

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"A felicidade chegou aqui agora
A gente quer, a gente tem, a gente pede, a gente nunca se incomoda
A felicidade chegou em sua porta
Tá no perfume, nos seus olhos, no azul do horizonte, a gente goza"
Felicidade agora - Luiz Melodia

Uma das vozes mais melodiosas da música popular brasileira calou-se em agosto do ano passado. Luiz Melodia, o Negro Gato, como carinhosamente era chamado devido à sua bela música do mesmo nome, foi mais uma vitima dessa doença terrível.
Deixou-nos, pelo menos, esta doce peça que foi editada postumamente há uns dias. Uma ironia cruel, deixar uma música de fala de felicidade no momento, quando o seu último ano foi o ano de combate à sua prematura morte.
Como noutros casos de outros entes queridos de famílias que já sofreram com perdas provocadas pelo cego cancro, esta bela obra é mais uma boa razão para o recordarmos com todo o carinho e saudade que merece. "Rasgue a camisa, enxugue meu pranto"!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Avião de papel

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E assim se juntam duas gerações de talento bem distantes a criar uma peça linda e a demonstrar que quando os talentos se juntam acontece magia. Sou da opinião que deveriam acontecer muito mais momentos destes na música portuguesa, aí temos muito a aprender com os nossos irmãos brasileiros que têm uma atitude muito mais descomprometida e colaborativa.

Carolina Deslandes e Rui Veloso num desses momentos mágicos.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Carnaval sem Rio é como samba sem cavaco

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Há um ano atrás, estávamos nos últimos preparativos para mais um carnaval no Rio, o primeiro da C. e o meu terceiro. Confesso que todos os anos em que não estou no Rio por esta altura, além do frio lisboeta, instala-se também uma coceira nervosa, algum desalento e um mar de saudade que não passa até à próxima vez que nos encontramos com essa cidade que tanto amamos. é uma fortuna infinita ter tido a sorte de encontrar e casar com uma mulher que acrescentou tanto na minha vida e que, além disso tudo, ama o Rio tanto como eu.
Este ano vamos, mais uma vez, tentar amenizar estes sintomas de saudade com alguns pequenos efeitos profiláticos, assistir aos desfiles, ouvir um pouco mais de samba e, este ano, não perder a roda de samba dos Sacundeia, grupo de samba criado em Lisboa mas formado por músicos brasileiros e que, por coincidência, um deles esteve na roda de samba que esteve no nosso casamento.
Não é o Rio, não estão 30 graus, Lisboa não tem a folia carioca mas ajuda a serenar a suadade por umas horas.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Quatros destaques nestes ainda breves momentos de 2018

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Todos anglo-saxónicos para compor o ramalhete e, todas elas, músicas lançadas já este ano.
Tom Misch o jovem DJ, produtor, cantor e escritor de canções tem novo disco depois do seu excelente álbum de estreia em 2015, cool jazz misturado com eletrónica e funk. Depois, o regresso da eterna Tracey Thorn, vocalista dos Everything But The Girl, a piscar novamente o olho à eletrónica e que bem que ela sempre faz isso.
Para acabar, duas grandes malhas de dois ótimos exemplos deste movimento contemporâneo chamado indie rock, os escoceses Franz Ferdinand e os londrinos The Vaccines.
Mistura boa para ouvir com volume no máximo.






quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Clã Veloso junto pela primeira vez

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No final de 2017 foi lançada a primeira amostra de um disco que sairá em 2018 e que reune Caetano Veloso e os seus 3 filhos, Moreno, Zeca e Tom.
A música, composta e interpretada por Zeca, estreou ao vivo na tournée, “Caetano Moreno Zeca Tom Veloso”, que os quatro realizam juntos pelo Brasil desde outubro.
É um tema lindo e muito inspirado nas tendências indie norte americana onde Zeca recupera o falsete tão característico de seu pai.
O refrão refere uma verdade absoluta, "todo o homem precisa de uma mãe" e como ontem era o aniversário da minha que me deixou há dois anos mas que continua a ser tão necessária, não me lembro de melhor maneira de a homenagear.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Saudade boa

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Hoje é dia de samba no meu querido Rio, as escolas saíram à rua e se encontraram em Copacabana e na Praia Vermelha, num cenário incrível, houve ou está ainda havendo uma roda de samba de um bloco de Carnaval maravilhoso chamado Último Gole. 
Vários amigos queridos estão por lá e fizeram questão de partilhar comigo a sua alegria e empolgação. Só quem já viveu e gosta desta cidade e destes momentos consegue perceber que só se é mesmo completamente feliz quando se partilha este entusiasmo e felicidade com quem ama esta cidade da maravilhosa e o que ela nos dá, da mesma forma. Saudades boas foi o que eu senti hoje desde o frio do Inverno de Lisboa. E como, entre os amigos, tem muitos fãs da Portela e ainda por cima em ano de campeonato fica aqui um samba lindo de homenagem a Madureira por um dos seus filhos fervorosos, Roberto Ribeiro.