sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Encontro de dois génios por causa de Sangemil

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Sangemil é uma terra nos arrabaldes da Maia, colada à Giesta, nome do terceiro disco a solo do Miguel Araújo e onde ficava a casa da sua avó. Nunca esta terra teve tanto destaque como agora até porque existe pelo menos uma outra Sangemil em Portugal um pouco mais famosa porque até tem umas termas com o mesmo nome.
A Sangemil da Maia, provavelmente, não tem sequer dimensão para ser aldeia, será, no limite, um lugar, designação convencional para se denominar uma aglomeração de casas que não chegam à dimensão geográfica mínima para serem considerados aldeia, pleo menos é assim no norte de Portugal.
Sangemil era o local onde o Miguel começou a ter o seu primeiro contacto com a música graças aos seus tios carolas que mantinham um grupo musical e interpretavam os grandes sucessos anglo-saxónicos da sua juventude.
O Rui Veloso é um dos músicos e compositores mais marcantes da música portuguesa, de uma geração mais próxima à dos tios do Miguel e com grande influências também na música que revolucionou o panorama musical a partir dos anos 60.
O Miguel e o Rui são dois virtuosos, com influências muito próximas, com as mesmas origens geográficas e até sociais e que, facto mais surpreendente, conviveram de umas forma próxima desde muito cedo na infância e adolescência do Miguel.
Por estas razões todas era inevitável que um dia houvesse este encontro formal dos dois que simboliza tantas aspetos comuns nas suas vidas e que demonstrasse o que certamente já aconteceu inúmeras vezes em encontros informais que nós, simples mortais , não tivemos a sorte de assistir. O tema do Miguel deste seu último trabalho e que tem o nome desse mítico lugar, Sangemil, é, não só, um pedaço da história do Miguel mas é também a música perfeita para assinalar este encontro. Encontro feliz e que representa muito para a música portuguesa.

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