Faltava aqui uma homenagem ao grande show do Mestre Wilson das Neves no Espaço Brasil. Foi incrível, digno de um crooner à séria, com uma intimidade e uma cumplicidade incrível, além de uma resistência notável para quem já tem 76 anos!
Teve momentos incríveis, apresentou sempre o parceiro de composição de cada música, fazendo questão de os homenagear, contou estórias da sua ligação ao Chico Buarque (é seu baterista há muitos anos) e, com bastante humor e respeito, disse que estava ali para cantar as músicas dele pois se não fosse ele a promover-se não haveria ninguém que o fizesse. Estou certo que, à excepção da inconsciente periguete que pediu para que ele cantasse Zeca Pagodinho, a esmagadora maioria estava ali para ouvir o seu trabalho e ficava mais tempo, ainda, se o mestre quisesse.
Espero voltar a vê-lo mais vezes, ô sorte!
Para fechar cantou uma das duas únicas músicas que não são dele e que eu já não ouvia há muito tempo, ao ponto de não me lembrar dela. E uma vez que me apercebi que, muito injustamente, não tinha nunca feito referência à Dona Ivone Lara neste blog, fica aqui a reparação possível.
"Acreditar.......eu não
Recomeçar.......jamais
A vida foi.........em frente
E você simplesmente
Não viu que ficou pra trás
....... .Não sei se você me enganou
Pois quando você tropeçou
Não viu o tempo que passou
...Não viu que ele me carregava
E a saudade lhe entregava
O aval da imensa dor
E eu que agora moro nos braços da paz
Ignoro o passado que hoje você me trás
E eu que agora......moro nos braços da paz
Ignoro o passado que hoje você me trás"
Acreditar - Ivone Lara e Nilze Carvalho
"O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil)
No dia em que o morro descer e não for carnaval
não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral
e cada uma ala da escola será uma quadrilha
a evolução já vai ser de guerrilha
e a alegoria um tremendo arsenal
o tema do enredo vai ser a cidade partida
no dia em que o couro comer na avenida
se o morro descer e não for carnaval
O povo virá de cortiço, alagado e favela
mostrando a miséria sobre a passarela
sem a fantasia que sai no jornal
vai ser uma única escola, uma só bateria
quem vai ser jurado? Ninguém gostaria
que desfile assim não vai ter nada igual
Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga
nem autoridade que compre essa briga
ninguém sabe a força desse pessoal
melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria
senão todo mundo vai sambar no dia
em que o morro descer e não for carnaval"
O dia em que o morro descer e não for carnaval - Wilson das Neves
Teve momentos incríveis, apresentou sempre o parceiro de composição de cada música, fazendo questão de os homenagear, contou estórias da sua ligação ao Chico Buarque (é seu baterista há muitos anos) e, com bastante humor e respeito, disse que estava ali para cantar as músicas dele pois se não fosse ele a promover-se não haveria ninguém que o fizesse. Estou certo que, à excepção da inconsciente periguete que pediu para que ele cantasse Zeca Pagodinho, a esmagadora maioria estava ali para ouvir o seu trabalho e ficava mais tempo, ainda, se o mestre quisesse.
Espero voltar a vê-lo mais vezes, ô sorte!
Para fechar cantou uma das duas únicas músicas que não são dele e que eu já não ouvia há muito tempo, ao ponto de não me lembrar dela. E uma vez que me apercebi que, muito injustamente, não tinha nunca feito referência à Dona Ivone Lara neste blog, fica aqui a reparação possível.
"Acreditar.......eu não
Recomeçar.......jamais
A vida foi.........em frente
E você simplesmente
Não viu que ficou pra trás
....... .Não sei se você me enganou
Pois quando você tropeçou
Não viu o tempo que passou
...Não viu que ele me carregava
E a saudade lhe entregava
O aval da imensa dor
E eu que agora moro nos braços da paz
Ignoro o passado que hoje você me trás
E eu que agora......moro nos braços da paz
Ignoro o passado que hoje você me trás"
Acreditar - Ivone Lara e Nilze Carvalho
"O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil)
No dia em que o morro descer e não for carnaval
não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral
e cada uma ala da escola será uma quadrilha
a evolução já vai ser de guerrilha
e a alegoria um tremendo arsenal
o tema do enredo vai ser a cidade partida
no dia em que o couro comer na avenida
se o morro descer e não for carnaval
O povo virá de cortiço, alagado e favela
mostrando a miséria sobre a passarela
sem a fantasia que sai no jornal
vai ser uma única escola, uma só bateria
quem vai ser jurado? Ninguém gostaria
que desfile assim não vai ter nada igual
Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga
nem autoridade que compre essa briga
ninguém sabe a força desse pessoal
melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria
senão todo mundo vai sambar no dia
em que o morro descer e não for carnaval"
O dia em que o morro descer e não for carnaval - Wilson das Neves
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