sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Sambas da Simone

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A cantora Simone foi uma das minhas primeiras paixões. Adorava aquela voz cristalina mas ao mesmo tempo um pouco rouca. Adorava as músicas de dor de cotovelo que le tão bem cantava, impremindo um grau de emoção sincero e latente que parecia que ele estava vivendo naquele exato momento o sofrimento que nos estava a contar e que fazia com  que nós sofressemos também por inerência.
Mas o que eu mais gostava mesmo era da sua veia sambista. A sua interpretação de sambas clássicos ou de sambas originais tornou-se um marco em cada álbum que lançava. A partir de um certa altura e durante vários álbuns lançados, existia sempre pelo menos um samba para destoar da alma romântica do resto do disco e para empolgar as arquibancadas de cada sala de estar.
Quem sabe do que eu estou a falar lembra-se certamente do samba "O amanhã" do disco "Delírio e Delícias" tocado em todos os bares de música ao vivo de Lisboa e arredores nos anos 80 e 90, o "Por um dia de graça" do álbum "Desejos" interpretado com o sambista Neguinho da Beija Flor, o "Amor no coração" do disco mega sucesso "Cristal", o "Disputa de poder" do álbum "Sedução" e, talvez o meu samba favorito desta coleção, o "Rei por um dia", um tema do sambista Almir Guineto que tem um poder contagiante e irresistível de nos puxar para cima e de nos levar em poucos minutos numa viagem super sónica até ao meio da Avenida Marquês de Sapucaí em plena noite de Carnaval. Ô sorte!!!

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