terça-feira, 19 de abril de 2016

Memórias

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Já lá vão bastantes anos. Foi ainda no século passado que o meu amigo Manel decidiu realizar um dos seus sonhos e lançar um disco que mostrava não só o seu trabalho como músico e cantor mas também como autor. Foi um álbum que, infelizmente, passou despercebido no panorama musical português da altura apesar de ser a fase mais popular do Manel pois conciliava a sua carreira de músico no circuito de bares de música ao vivo de Lisboa com uma carreira de actor na televisão. Eram os tempos das grandes noites no minúsculo Berro, ali para os lados de Santos, onde cabiam sempre mais 4 ou 5 apesar de já estar tudo em pior situação do que há hora de ponta no metro em dia de greve da Carris. Foi pena e até injusto pois foi um disco com bastante qualidade e muito consistente em que a grande maioria das músicas eram fortes o suficiente para serem escolhidas para música de promoção do disco. Apesar de tudo, algumas das músicas foram, posteriormente, escolhidas para fazer parte de algumas telenovelas e, recordo-me de uma série também mas, mesmo com isso, foi muito pouco para a qualidade que o trabalho possuía. Digo isto com todo o tipo de influência por o considerar um dos meus grandes amigos, obviamente, mas também o digo porque é a mais pura das verdades, pelo menos, na minha opinião, que vale o que vale, ou seja, muito pouco. Mesmo assim e porque encontrei há tempos uma relíquia desse tempo, o único videoclipe que fizeram dese trabalho, não quis deixar de o deixar registado neste álbum de vivências que vou colecionando. A música chama-se "Sombras de ti", não é a música que mais gosto do disco mas é uma amostra bastante fiel e representativa do estilo e da qualidade do trabalho. A banda do projeto chamou-se Traço D'Alma e, infelizmente, teve uma existência bastante efémera.

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