quarta-feira, 8 de julho de 2015

Data triste e saudosamente redonda

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Ontem cumpriram-se 25 anos da morte do compositor e cantor Cazuza. São 25 anos sem os seus poemas deliciosamente provocadores, as suas juras de amor incondicional e exagerado, o seu jeito deliciosamente insolente e descomedido, da sua overdose de vida permanente.
Nunca se irá saber o que aconteceria se ele não tivesse sido amaldiçoado por aquela horrível doença que o matou tão rapidamente. Não se sabe se ele teria produzido todos aqueles êxitos em tão pouco tempo, 5 álbuns em 5 anos, sem saber que iria morrer ou se optaria pela vida louca do excesso que tanto o atraía. Ninguém pode dizer que ele continuaria a representar a eterna juventude mesmo com 57 anos mas seria sempre melhor do que o desaparecimento do seu génio aos 32 anos.
Uns dias celebra-se a vida e noutros maldiz-se a morte.
"Vida louca vida, vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida, vida imensa

Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

Quando ninguém olha quando você passa
Você logo acha eu tô carente, eu sou manchete popular
Tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice
Dessa eterna falta do que falar.

Se ninguém olha quando você passa
Você logo acha que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual

Se alguém olha quando você passa
Você logo diz: "Palhaço!"
Você acha que não está legal

Perde todos os sentidos...
Corre sempre um perigo
Você passa mal

Vida louca vida, vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve

Vida louca vida, vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa
Não,não compensa

Se ninguém olha quando você passa
Você logo acha eu tô carente, eu sou manchete popular
Tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice

Dessa eterna falta do que falar
Vida louca vida, vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve"
Vida louca Vida - Cazuza

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