domingo, 31 de outubro de 2010

Mais uma data redonda no futebol

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Na mesma semana, também Maradona comemorou o seu aniversário, 50 anos do futebolista que, de facto, marcou a minha geração, quando ainda sonhávamos ser jogadores famosos e, apesar de argentino, também merece a homenagem :). Aquele golo no Mundial de 86 vai ficar como um dos melhores golos da história do fuetebol. Agora só fica a faltar falar do meu Eusébio.

sábado, 30 de outubro de 2010

Belo show ontem

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Os Nação Zumbi são uns músicos incríveis e oferecem uma nova sonoridade mais crua e rockeira aos temas do grande Seu Jorge que continua inspirado e em forma. Seu Jorge e Almaz é de facto um projecto ninja.




Everybody loves the sunshine é a música apropriada para fazer esquecer esta chuva ininterrupta que nos brindou neste fim de semana.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Não resisti...

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Principalmente num dia em que às 9 da manhã já parecia ser 6 da tarde e, ao que tudo indica, vai ter chuva e vai manter a chuva para o fim de semana, nada como olhar para paisagens inspiradoras no distante Panamá. As senhoras que aparecem nas paisagens não são mais do que um ligeiro artifício da realização para nos tentar desviar a atenção.

Garrincha e Pelé

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Curioso, callhar na mesma semana o aniversário de dois dos maiores futebolistas de todos os tempos. Pelé fez 70 anos no dia 23 e Garrincha faria hoje 77 anos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Ninguém faz samba só porque prefere"

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Belo show do novo talento do samba, Diogo Nogueira, hoje no Estoril. Deu para amenizar ligeiramente os sintomas de saudade graças ao samba, alguns do "velho" como ele diz, falando do pai, o grande João Nogueira. Não deu para aguentar sentado muito tempo.

"Não, ninguém faz samba só porque prefere
Força nenhuma no mundo interfere
Sobre o poder da criação
Não, não precisa se estar nem feliz nem aflito
Nem se refugiar em lugar mais bonito
Em busca da inspiração

Não, ela é uma luz que chega de repente
Com a rapidez de uma estrela cadente
E acende a mente e o coração
É, faz pensar
Que existe uma força maior que nos guia
Que está no ar
Vem no meio da noite ou no claro do dia
Chega a nos angustiar
E o poeta se deixa levar por essa magia
E um verso vem vindo e vem vindo uma melodia
E o povo começa a cantar!"
Poder da Criação (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) - Diogo Nogueira

domingo, 24 de outubro de 2010

Música de Domingo à tarde

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"I took um Love, I took it down
I climbed a mountain and I turned around
And I saw my reflection in the snow covered hills
Till the landslide brought me down

Oh, mirror in the sky, what is Love?
Can the child within my heart rise above?
Can I sail through the changing ocean tides?
Can I handle the seasons of my life?

Well, I've been afraid of changing
‘Cause I've built my life around you
But time makes you bolder
Even children get older
And I'm getting older, too

Well, I've been afraid of changing
‘Cause I've built my life around you
But time makes you bolder
Even children get older
And I'm getting older, too
Yes, I'm getting older too

Oh, take my Love, take it down
Climb a moutain and turn around
And If you see my reflection in the snow covered hills
Well, the landslide Will bring it down
And If you see my reflection in the snow covered hills
Well, the landslide Will bring it down"
Landslide - Stacey Kent (original dos Fleetwood Mac)

sábado, 23 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Orçamento do estado para cá e para lá...

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Nada me lembra mais esta fase que atravessamos neste cantinho da Europa à beira mar plantado que a música "Inútil" dos Ultraje a Rigor lá dos idos anos 80 mas tão actual, quer cá quer lá, infelizmente.
Adoro essa música, estes foram mais uns que me apresentaram uma música brasileira diferente, nova, irreverente e contagiante com aquele álbum que merecia um óscar só pelo título: "Nós vamos invadir sua praia" e que continha esta pérola.
"A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dente
Tem gringo pensando que nóis é indigente

Inútil
A gente somos inútil
Inútil
A gente somos inútil
Inútil
A gente somos inútil
Inútil
A gente somos inútil

A gente faz carro e não sabe guiar
A gente faz trilho e não tem trem prá botar
A gente faz filho e não consegue criar
A gente pede grana e não consegue pagar
A gente faz música e não consegue gravar
A gente escreve livro e não consegue publicar
A gente escreve peça e não consegue encenar
A gente joga bola e não consegue ganhar"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Não ache nada, deixe os outros achar..."

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Magnífica entrevista do mestre Wilson das Neves, deliciosa e inspiradora.
Mr. Wilson é o maior baterista brasileiro do século XX
Hoje a Orquestra Imperial toca em Lisboa e entre os grandes nomes desta big band está um dos maiores músicos do Brasil, Wilson das Neves. Um baterista que gravou com Tom Jobim e Sarah Vaughan, um brasileiro que toca há 27 anos com Chico Buarque, um homem para quem Elizete Cardoso costumava cozinhar. Wilson diz que não foi ele que escolheu o samba, foi o samba que o escolheu a ele. Ainda bem.
Quem é Wilson das Neves?

Pergunte a Ed Motta ou a Roberto Carlos. Pergunte a Paul Simon. Consulte as fichas técnicas dos discos de Michel Legrand, Sarah Vaughan, Sylvia Telles. Mister Wilson (como lhe chamava Tom Jobim) é o maior baterista brasileiro do século XX.

Provavelmente, estas páginas são seriam suficientes para incluir a lista de gravações em que participou. "Fala aí um cara... Toquei." Os caras foram mais de 500, e aquele que é para ele "o cara", Chico Buarque, apresenta-o em palco como "o melhor baterista de sempre" ou "o baterista do [seu] coração". Tocam juntos há 27 anos.

Não está sozinho. O realizador Cristiano Abud também considera "o das Neves" o melhor baterista brasileiro de sempre. É dele o documentário O Samba É o Meu Dom, com estreia prevista para o próximo ano, sobre o percurso de Wilson das Neves.

Hoje, regressa a Lisboa com a Orquestra Imperial, uma big band que reúne nomes como Moreno Veloso, Rodrigo Amarante (dos Los Hermanos) ou a actriz da Globo e também cantora Thalma de Freitas. Domenico Lancellotti, um dos fundadores da orquestra, fala de Wilson como "um sábio que esbanja humildade e talento".

O baile é às 21h30 na Fonte Luminosa, com o colectivo português Real Combo Lisbonense. O negócio é dançar!

Como é que descobriu o samba?

Eu não descobri não, o samba é que me descobriu. As coisas é que escolhem a gente. A bateria sempre me fascinou. Nas escolas de música aprendia-se tudo em método americano. A bateria, o americano inventou para tocar a música dele, não para tocar samba. O brasileiro adaptou. Os instrumentos do samba são o pandeiro, o tamborim, o surdo. Fui criado vendo desfile de escola de samba. Minha mãe era baiana, desfilava na escola. A gente já vem naquilo... Meu pai, Flamengo, eu tinha que ser Flamengo. Minha mãe, Império Serrano, eu tinha que ser Império. Você muda de roupa, de mulher, de automóvel, mas de escola de samba, não, é até morrer.

Império Serrano é a escola de samba do bairro Madureira. É o bairro da sua infância?

Não é preciso morar no bairro para ser da escola, é só ser aficionado. Eu nasci no Bairro da Glória, no centro do Rio. Depois mudei-me para São Cristóvão, um bairro de subúrbio. O meu pai trabalhava na [companhia] telefónica, e a minha mãe era doméstica. Tenho três irmãos: dois são bateristas, a minha irmã não é musicista. Eu era obstinado. Queria tocar bateria e fui atrás. Fui estudando, fui indo, não cheguei a lugar nenhum, mas "tou tentando. Sou profissional há 56 anos. Tenho 74, não parece, não?

Não! Um dos seus professores foi Moacir Santos.

Moacir Santos não tem que falar: ele é o tudo. Era um músico extraordinário, professor e amigo, me chamou para tocar com ele. É uma honra, a gente tocar com o professor. Conhece o [álbum] Coisas?

Claro.

Fui eu que gravei, tocando bateria. No Brasil todo o mundo tem ele como ídolo. Tanto como instrumentista, como arranjador, como saber música... Sabia tudo. Jobim, também. Gravei muito com ele, toquei com ele em show. Gravei com qualquer um que você fale aí... Fala!

Chico Buarque, claro. Vinicius, Caetano...

Gil, Bethânia, Gal, Elis Regina, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Paul Simon, Sarah Vaughan, Paul Mauriat. Chico é um caso à parte, não tem comparação. Ele é "o cara"! O show dele emociona. Outros estão querendo ser, e ele é. É, mas não se acha. Ele acha que é igual a todo o mundo. Aí é que "tá a diferença. E, segundo o samba, "quem acha vive-se perdendo". Não ache nada, deixe os outros achar... Eu não me acho nada. Sou mais um.

Tem-se em tão pouca conta? Toda gente diz que é o melhor baterista do Brasil do século XX.

Sei que tem tanta gente boa, que eu conheço... Vejo nos outros qualidades que não tenho. Não inventei nada, apanhei no ar. Não é falsa modéstia, é assim mesmo: a importância que me dão a mim não é a mim, é ao que faço. A gente está sempre seguindo o caminho dos bons, imitando os bons.

Os músicos que fazem a síntese entre a velha e a jovem guarda apontam-no como o melhor baterista. Toca com a Orquestra Imperial.

Mas não é tudo isso não... Os meninos da Orquestra me põem numa "vitrine" - que nem "vitrine" de armazém de roupa. Eles estão me mostrando, me vendendo, estão me colocando na frente do palco. Sou um baterista essencialmente brasileiro. Toco ritmo dos outros por necessidade.

Qual é o seu ritmo?

É o samba. Como explicar? Criei a minha maneira de tocar ouvindo os outros. É que nem na hora do tempero da comida: bota salsa, bota manjericão, já ficou diferente. Meu negócio é esse: ouvindo os outros, para achar a minha [maneira de tocar].

Que coisas ouvia quando era pequeno e o fizeram querer ser músico?

Ouvia tudo, na rádio. Tango, canções francesas, música portuguesa... Amália Rodrigues, maravilhosa, infelizmente não toquei com ela, que ela não usava bateria! Quando uma pessoa aprende música, sabe que a música se compõe de ritmo, harmonia e melodia. Se não tem as três, não é música. Bem tocado, direito, afinado, bonito, gosto de qualquer instrumento. Música é a voz da alma. É a alma da gente que fala.

Chico Buarque nota que, muitas vezes, o teor da letra e o ritmo da música não coincidem. Por exemplo, num samba da Mangueira, muito festivo, a letra diz: "Não saio do miserê, ai, ai meu Deus, tenha pena de mim"...

É a maneira de cada um cantar o seu sofrimento, a sua desdita. Cartola [ídolo da Mangueira]: um poeta daqueles lavava carro na rua! Até descobrirem ele. Um sujeito que morava no morro. Canta aí tua musiquinha... Ninguém acreditava [no talente dele]. Depois, não é bem assim. Cartola é um dos caras.

No início da carreira, fez parte da Orquestra Nacional e de outras orquestras, que acompanhavam os grandes cantores, como Elizete Cardoso. Que memórias tem desse tempo?

Quando fui para a escola de música, já era para tocar em orquestras. Toquei em orquestra de rádio, de baile, fiz concurso para a sinfónica do teatro municipal. Fiquei três meses lá. Não me pagavam e larguei. Não podia tocar a Tosca do Puccini duro, que me perdoe o Puccini.

Lamenta não ter prosseguido essa via?

Não me arrependi. Se estivesse lá, estava neurasténico, é sempre a mesma coisa; e eu sou cigano, gosto de tocar por aí. O mundo que eu conheço... Já toquei em Moscovo, Japão, na Europa quase toda, Estados Unidos, Cuba. Ouvia tudo o que possa imaginar, mesmo sem entender o idioma. O que me importava era a música, queria descobrir os ritmos. Ouvia no rádio, não tinha vitrola [gira-discos].

Ouvia sozinho? Era um rapaz solitário?

Não, não. Ia muito a bailes. Anos 50, bailes de terno e gravata. Aí, conheci um baterista chamado Bituca, que era o meu ídolo. Como eu não tinha dinheiro para entrar no baile, ajudava-o a levar o instrumento e ficava lá dentro. Dançando. Quando acabava o baile, ajudava a desmontar e ia embora. Até que um dia ele perguntou: "Você não gosta de bateria?" Me levou para a escola. Então, eu ia no baile, fazia na mesma, só que, em vez de dançar, ficava sentado no pé dele, acompanhando a partitura, "onde é que está?" Foi assim que aprendi.

Como é que deu o salto para a prática?

Na hora em que a orquestra ia descansar, no lanche, eu ficava tocando um sambinha-canção. Depois, ele saiu da orquestra, e eu fiquei. Bituca é que me inventou! Tudo a que não podia ir, mandava me chamar. Quando ele tinha dois trabalhos, "chama o Wilson". "Vê lá se eu posso tocar..." "Pode, senão não mandava chamar." Fui indo, indo, indo, até agora, em que estou aqui com você falando de bateria.

Nas orquestras da rádio tocava o quê?

Samba-canção, bolero, tango, fox-trot, dependendo do cantor. Elizete, trabalhei 20 anos com ela.

Elizete era uma espécie de Amália do Brasil.

Eram amigas. Era "a divina", "a iluminada", ? a enluarada" - tinha esses títulos todos. Ela ia para minha casa cozinhar para mim, se você quer saber...

E porquê?

Porque era minha amiga, porque gostava de mim! Você ia na minha casa, e ela estava de pano na cabeça, de shorts, fazendo comida. A gente contava anedota, falava da vida. O Chico, o Buarque, vai na minha casa. De vez em quando, se faz um almoço lá.

Quando João Gilberto apareceu com Chega de Saudade, em 1958, foi uma grande revolução. Sentiu isso?

Era uma nova maneira de cantar, mais moderna... Mas, no fundo, revolução nada! Isso é rótulo para vender. Cerveja: cada um bota o rótulo que quer, mas não é tudo cerveja? Não tinha nada de mais: é samba! Gravei com João Gilberto, com Tom Jobim. Mas eu tocava do mesmo jeito.

Nunca pensou ir para os Estados Unidos e fazer carreira lá, como Sérgio Mendes, Moacir Santos ou Tom Jobim?

Não sou comunista, sou brasileiro. Mas não gosto do sistema deles [americanos]. Vou lá, já cantei, já toquei, mas não é minha praia. São muito prepotentes. São donos do mundo, menos do Wilson das Neves! Jobim ficou lá, mas com saudades da cerveja brasileira. "Ó Mister Wilson - ele me chamava de Mister Wilson -, nos Estados Unidos é muito bom, mas não tem uísque falsificado! Ninguém põe água no leite!" É uma forma de dizer as falcatruas que se fazem...

Quando tocou com Eumir Deodato (que depois foi produtor da Björk) ou Michel Legrand, foi no Brasil, e não em temporadas nos Estados Unidos?

O Eumir foi no Brasil, com Os Catedráticos e Os Gatos, antes de ele ir para os Estados Unidos. O Michel Legrand fez uma temporada com a Orquestra Brasileira e levou os arranjos para música de filmes. Era para o Bituca, esse meu ídolo, fazer; ele não quis, "chama o Wilson". Moacir vivia nos Estados Unidos, mas estava sempre indo para o Brasil tomar a cachacinha dele...

Bebia-se muito e fumava-se muita maconha...

Quando comecei, não tinha. Nem ouvia falar. O charme do músico era beber uísque, fumar cigarro americano, de terno e gravata. Maconha era a droga da favela e a cocaína era do asfalto.

Gravou discos instrumentais em 68, 69, Wilson das Neves e o Seu Conjunto - Juventude 2000 e Som Quente É o das Neves. Mais recentemente gravou composições suas e tem um disco novo: P"ra Gente Fazer mais Um Samba.

Em 1997 me convidaram para gravar um disco instrumental. Não quis. Já gravei e não acontece nada! Vivo no Brasil e ninguém conhece os meus discos. Vou no Japão e todo o mundo tem o meu disco.

Os seus vinis, de prensagem original, custam uma fortuna.

Eu sei, e nunca recebi um tostão! Mas deixa na mão na Deus. Não corro atrás de dinheiro. Tenho tudo o que quero. Ninguém dá atenção a disco instrumental, só músico. O povão não toma conhecimento.

O que é que o fez gravar um disco com músicas suas, onde também canta?

Tinha as minhas músicas, inclusive com Chico, com João Bosco. A minha ideia não era cantar. Mas eles falaram: "Vamos gravar, que músicas boas!" Foi assim que cantei. Com 60 anos fui revelação de sambista! Incoerência. Ganhei Prémio Sharp, fui indicado para o Grammy Latino. No disco novo, são composições minhas e tudo é cantado. Vamos tocar no concerto de Lisboa.

Falamos a uns dias das eleições no Brasil. Vai votar?

Se puder, voto na embaixada do Brasil em Lisboa. Tomara que as pessoas escolham a pessoa certa para continuar o trabalho, o progresso. Há oito anos que a gente vem crescendo. O país está rico, está emprestando dinheiro! Mas o povo, uma parte do povo, continua pobre. Outra parte, "tá classe média. Todo o mundo tem geladeira, automóvel. Vou votar no candidato do Lula, lógico. Quem chegou antes, sabe como era e vê como está. Se me decepcionar, é outra história.
04.10.2010
Por: Anabela Mota Ribeiro
Jornal Ípsilon

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Minha Raínha

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Linda música do grande Luiz Melodia que faz parte da banda (trilha) sonora de outro filme que tenho também muita vontade de ver. Chama-se "Era uma vez..." e tem imagens incríveis do Rio. Morro de saudades!

"Eu sonhei
Que era rei
E você minha rainha
Quando acordei
Verifiquei
Que você não era minha
Meu coração
Quase parou de dor
Mas consegui
Te conquistar
Meu amor
Hoje acordado eu lhe juro
Que o sonho que eu tive
Era ilusão
Vivo com você
Feliz
A rainha
Que tanto
Sonhei"

O filme tem ainda uma das músicas mais bonitas da minha Raínha da música, Marisa Monte, o "Bonde do Dom", mais uma parceria brilhante com os restantes Tribalistas, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. Que saudades que tenho dos Tribalistas e de um show da Marisa Monte

"Novo dia
Sigo pensando em você
Fico tão leve que não levo padecer
Trabalho em samba e não posso reclamar
Vivo cantando só para te tocar

Todo dia
Vivo pensando em casar
Juntar as rimas como um pobre popular
Subir na vida com você em meu altar
Sigo tocando só para te cantar

É o bonde do dom que me leva
Os anjos que me carregam
Os automóveis que me cercam
Os santos que me projetam
Nas asas do bem desse mundo
Carregam um quintal lá no fundo
A água do mar me bebe
A sede de ti prossegue
A sede de ti..."

O que eu quero isto!

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É um documentário que se chama "Uma noite em 67" e documenta a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record em S. Paulo. Já tinha lido sobre este festival no livro Noites Tropicais do Nelson Motta e sabia já que foi uma noite emocionante onde uma plateia, que tanto vaiava como apluadia, teve o privilégio de ver grandes artistas, hoje consagrados, e grandes músicas que ficaram para a história da MPB.
"Chico Buarque e o MPB 4 vinham com “Roda Viva”, Caetano Veloso, com “Alegria, Alegria”, Gilberto Gil e os Mutantes com “Domingo no Parque”, Edu Lobo, com “Ponteio”, Roberto Carlos com o samba “Maria, Carnaval e Cinzas” e Sérgio Ricardo, com “Beto Bom de Bola”. A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País.
“É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época”, resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta."
www.umanoiteem67.com.br

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nova dos Skank

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Chama-se "De Repente" e tocaram-na no Festival SWU, neste fim de semana.

domingo, 10 de outubro de 2010

Saudades dos Los Hermanos

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Não tocavam há um ano e meio e, segundo as crónicas, tinha sido um show meio insípido pois parecia que estavam entediados uns com os outros. Este show de ontem, no Festival SWU a em Itu, parece que foi perfeito, amenizando a orfandade da sua legião de fãs, onde, orgulhosamente me incluo. Lembro-me de um concerto deles em Lisboa, no Musicais, onde assisti, totalmente por acaso, ao último ensaio na tarde do concerto. Sinto falta destes génios, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, juntos.
Todo o Carnaval tem seu fim - Los Hermanos

Grande concerto

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London Calling, Bruce Springsteen em Hyde Park. Épico! Não estive lá mas, felizmente, tenho o dvd, apesar de isso não eliminar, de nenhuma forma, os milhares que lá estiveram e que tiveram a oportunidade de ver o Bruce e a E Street Band, em grande forma. Saudades de tempos distantes daquele magnífico concerto em Alvalade.

London Calling - The Clash (feat. by Bruce Springsteen)
Esta é para a minha corrida de amanhã.

Racing in the street - Bruce Springsteen

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Que três!

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Música linda de Djavan, que dá oportunidade para comemorar o novo disco dele. Tenho de falar dele aqui. O momento é maravilhoso, com a reunião de uma das vozes ou mesmo a voz feminina mais incrível da MPB, Gal Costa, juntamente com Djavan e Chico Buarque. E a música é absolutamente fantástica, quantas vezes já nos sentimos de tal forma que "À manhã que vem, Nem bom-dia eu vou dar" ou "Tá difícil ser eu, Sem reclamar de tudo". E o fim de semana de temporal que está a chegar pede mesmo coisas destas.
Mais um momento perfeito e são estes que me faz amar tanto esta música, esta vivência, estes autores e as suas cumplicidades.

"Não adianta me ver sorrir
Espelho meu
Meu riso é seu
Eu estou ilhada
Hoje não ligo a TV
Nem mesmo pra ver o Jô
Não vou sair
Se ligarem não estou
À manhã que vem
Nem bom-dia eu vou dar
Se chegar alguém
A me pedir um favor
Eu não sei

Tá difícil ser eu
Sem reclamar de tudo
Passa nuvem negra
Larga o dia
E vê se leva o mal
Que me arrasou
Pra que não faça sofrer mais ninguém
Esse amor que é raro
E é preciso
Pra nos levantar
Me derrubou
nao sabe parar de crescer
e doer"
Nuvem Negra - Djavan

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Imperial

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Comemorações do cetenário da República Portuguesa com a Orquestra... Imperial. Curiosa mas muito bem vinda esta ideia de trazer estes nossos "patrícios" do outro lado do Atlântico. oportunidade para rever esta fantástica reunião de magnificos músicos, Moreno Veloso, Thalma de Freitas, Rubinho Jacobina, Domenico, Kassin, Nina Becker e o grande Mestre Wilson das Neves, que eu tive o prazer de cumprimentar pela segunda vez. Só faltou, infelizmente, o Rodrigo Amarante mas vai com certeza ficar para uma outra vez. É sempre um grande prazer revê-los, sentir a alegria contagiante e viver a simpatia e a humildade deste grupo de gente boa. Até à próxima.

domingo, 3 de outubro de 2010

Inesquecível

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"I tied myself with wire
To let the horses roam free
Playing with the fire
Until the fire played with me

The stone was semi-precious
We were barely conscious
Two souls too smart to be
In the realm of certainty
Even on our wedding day

We set ourselves on fire
Oh God, do not deny her
It’s not if I believe in love
If love believes in me
Oh, believe in me

At the moment of surrender
I folded to my knees
I did not notice the passers-by
And they did not notice me

I’ve been in every black hole
At the altar of the dark star
My body’s now a begging bowl
That’s begging to get back, begging to get back
To my heart
To the rhythm of my soul
To the rhythm of my unconsciousness
To the rhythm that yearns
To be released from control

I was punching in the numbers at the ATM machine
I could see in the reflection
A face staring back at me
At the moment of surrender
Of vision over visibility
I did not notice the passers-by
And they did not notice me

I was speeding on the subway
Through the stations of the cross
Every eye looking every other way
Counting down ’til the pain would stop

At the moment of surrender
Of vision over visibility
I did not notice the passers-by
And they did not notice me"
Moment of Surrender - U2